Na década de 1970, observaram-se altas taxas de nupcialidade, em torno de 13‰ (13 casamentos por mil habitantes de 15 anos ou mais). Na década de 1980, essas taxas começaram a declinar, apresentando valores em torno de 11‰. Na década de 90, observou-se o declínio mais acentuado da série, com a taxa passando de 7,96‰ para taxas próximas a 7‰, na década seguinte. Mas entre 2013 e 2014, a taxa de nupcialidade cresceu de 6,9 ‰ para 7,1‰. As taxas de nupcialidade foram maiores nas regiões Centro-Oeste (8,04‰) e Sudeste (8,00‰), em 2014, e no nível estadual tiveram destaque Rondônia (10,88‰); Espírito Santo (8,73‰); Goiás (8,67‰); São Paulo (8,57‰) e Distrito Federal (8,30‰). As menores taxas de nupcialidade foram observadas no Amapá (4,26‰); Rio Grande do Sul (4,63‰); e no Maranhão (5,08‰).

A idade média dos cônjuges solteiros homens, na data do casamento, passou de 27 anos para 30 anos, entre 1974 e 2014, enquanto entre as mulheres passou de 23 para 27 anos, nesse período. Entre os cônjuges de mesmo sexo, a idade média observada foi de 34 anos para homens e mulheres, em 2014.

Nos grupos etários de 15 a 19 anos e 20 a 24 anos, observou-se, claramente, nos últimos 40 anos, a tendência de redução dos casamentos, evidenciando a postergação dessas uniões para idades mais avançadas. Por exemplo, no conjunto das mulheres para o grupo de 20 a 24 anos, a taxa passou de 61,67‰, em 1974, para 30,01‰, em 2014. Em contrapartida, a partir de 1994 os grupos de 30 a 34 anos, 35 a 39 anos e 45 a 49 anos apresentaram crescimento da taxa de nupcialidade. Por exemplo, ela mais que dobrou nos últimos vinte anos no grupo de 30 a 34 anos (9,11‰, em 1994, para 21,40‰, em 2014). O adiamento do casamento pode decorrer do maior tempo dedicado aos estudos, bem como pela busca de inserção no mercado de trabalho com salários mais elevados, especialmente, entre as pessoas mais jovens.

Embora os casamentos entre cônjuges masculino e feminino solteiros permaneçam como o conjunto majoritário em relação aos outros estados civis, essa tendência vem diminuindo gradualmente com o passar dos anos. Entre 2004 e 2014, verificou-se uma redução de 9,9 pontos percentuais nesse indicador (de 86,3% para 76,4%). Em paralelo, houve crescimento da proporção de recasamentos (quando pelo menos um dos cônjuges tinha o estado civil divorciado ou viúvo), representando 23,6% do total das uniões formalizadas, em 2014, contrastando com os percentuais de 13,7% (2004) e 17,6% (2009).
Nos casamentos entre cônjuges de mesmo sexo, no período 2013-2014, observou-se também a predominância de uniões entre pessoas solteiras, tanto entre os casais masculinos (82,3%; 80,1%), como nos femininos (75,5%, em ambos os anos). Por outro lado, a proporção de recasamentos era maior entre as mulheres (24,3% e 24,5%). Para os homens essa proporção foi de 17,4%; e 19,9%, respectivamente.