Com a crise econômica e o movimento baixo, as lojas decidiram antecipar as tradicionais promoções de queima de estoque de janeiro. Além disso, redes como Magazine Luiza, Loja Colombo, Casas Bahia e Ponto Frio realizam nesta primeira semana do ano as tradicionais liquidações, com descontos de até 70% em alguns produtos.

Nos dias das ofertas, as lojas costumam trabalhar com o horários diferenciados e, portanto, é muito comum haver a formação de filas em frente das lojas,  dias antes da data anunciada. Em Curitiba, uma das mais tradicionais liquidações é a do Magazine Luiza, pioneira no País em promover na primeira sexta-feira do ano uma grande queima de todos os produtos de mostruário e, posteriormente,  do estoque.

As maiores filas costumam se formar nas lojas da Avenida Marechal Deodoro da Fonseca e Emiliano Perneta e, os primeiros consumidores costumam acampanhar a partir da primeira quarta-feira do ano.  No dia da liquidação, as lojas abrem a partir das 7 horas da manhã. Nas demais lojas, as ofertas costumam ser de três ou dois dias, mas também nesta primeira semana do ano.

Em um ano de crise, embora as lojas já confirmaram que haverá promoções, mas ainda fazem segredo da data. A Proteste Associação de Consumidores recomenda cautela para evitar a aquisição de itens desnecessários e não estourar o já apertado orçamento de janeiro.

Antes de sair às compras, seduzido pelas atraentes ofertas, o consumidor deve avaliar a real necessidade da compra e se certificar de que correspondam à oferta ou publicidade anunciada.

A equipe da Proteste alerta sobre a necessidade de  comparar preços, e ficar atento quando as promoções forem vantajosas demais. Compras por impulso são grandes vilãs que podem comprometer o orçamento familiar.

Para tirar o melhor proveito das liquidações, mesmo com menos dinheiro no bolso, a Proteste dá algumas dicas.


DICAS DA PROTESTE PARA TEMPORADA DE SALDOS

– Pesquise preços em vários estabelecimentos para verificar se não se trata de uma falsa liquidação. Na vitrine, tudo induz a acreditar em produtos e preços ótimos, mas ao entrar na loja o consumidor verifica que não é bem assim.

– Não compre por impulso só porque é barato, pois a mercadoria pode não ter utilidade para você.

– Não tenha pressa. Avalie com cuidado os produtos. No caso de roupas, prefira modelos mais clássicos e cores neutras.

– Veja se compensam as promoções do tipo pegue dois, leve três, ou que deem brindes, descontos em segunda compra, sorteio de prêmios, etc.

– Defina o que deve ser comprado ainda em casa, após a pesquisa de preços. Um bom aliado disso são os anúncios em jornais, rádios ou tevês, que deverão ser guardados. O material publicitário poderá auxiliar numa eventual reclamação contra a empresa, caso não haja o cumprimento da oferta.

– Tenha cuidado redobrado com o estado das mercadorias, principalmente aquelas em exposição. Lembre-se de que não poderá trocá-la, por isso, confira se não há defeitos que comprometam a utilização.

– No caso de produtos com pequenos defeitos — roupas com manchas, descosturadas ou eletrodomésticos com partes amassadas, ou ainda, móveis de mostruário — você deve exigir que a loja coloque na nota fiscal os problemas apresentados, detalhando-os. Os prazos para reclamar desses defeitos são de 30 dias para produtos não duráveis e 90 dias para produtos duráveis.

– Por maiores que sejam as facilidades de compra nesse momento, o ideal é a analisar a real situação financeira e projetá-la pelos próximos 12 meses, no mínimo, para ter certeza de que o que foi gasto não fará falta.

– Faça uma análise aprofundada de qual é a sua real disponibilidade financeira e quanto dinheiro pretende gastar nesse momento.

– Relacione seus gastos normais e os típicos de fim e início de ano, como despesas com viagens, ceias (natal e virada de ano), IPVA, IPTU, matrícula, material escolar, etc.

– Pesquise os preços dos produtos em, pelo menos, cinco lugares, não se esquecendo da internet, que, algumas vezes, pode ter ofertas interessantes.

– Busque o menor preço à vista, negocie e lembre-se de que as lojas quase sempre têm margens para negociar. Caso não consiga com o vendedor, chame o gerente da loja.