Cidades famosas, portos cheios de charme, ilhas : tudo faz parte de um cruzeiro fluvial ou marítimo. Excursões em terra, a cada escala, proporcionam um horizonte sobre outras culturas, outros povos, costumes diferentes e uma gastronomia sempre atraente.

Algumas cidades e seus portos são o início ou o fim de uma viagem, sempre será bom conhecer um pouco sobre elas.

AMSTERDÃ (Holanda) – Uma das cidades mais encantadoras da Europa, Amsterdã tem muito a oferecer ao visitante. A começar por um passeio de barco pelos canais cheios de história, vendo desfilar a arquitetura do passado e suas peculiaridades. Há museus dos mais importantes do mundo, como o Rijksmuseum, que abriga obras dos mestres holandeses e o museu dedicado a Van Gogh; a casa de Rembrandt e tantas galerias de arte. Mas basta andar pelas ruas em torno dos canais, para sentir a atmosfera de uma cidade única no mundo.É de Amsterdã que partem vários roteiros de cruzeiros fluviais, para desvendar as belezas de rios como o Danúbio, nas viagens da Avalon ou da AmaWaterways, que têm como destino final Budapeste.

Fotos: Dayse Regina Ferreira

Warnemunde, última cidade da Alemanha antes da Escandinávia, dá acesso a quem chega de navio a conhecer Berlim, capital do país

ATENAS (Grécia) – É sempre uma grande emoção poder rever o berço da civilização ocidental. Mesmo frequentando restaurante e lojas modernos, sempre se estará em contato com o passado de glórias. Marcos históricos estão em cada esquina, em cada monumento e a Acrópole domina o horizonte da cidade, não deixando esquecer os milênios de história e cultura que formam camadas e estão, a todo instante, em torno dos turistas. Museus, tavernas, praças, monumentos formam o acervo que dá sentido à palavra grega metrópolis, que quer dizer cidade-mãe. Foi Atenas que deu à luz tantos estadistas e dramaturgos grandiosos, e originou idéias que mudaram o mundo.

BARCELONA (Espanha) – Uma das cidades mais cosmopolitas da Espanha, conhecida pela intensidade de sua vida e seu estilo, é uma caixa de surpresas que o visitante começa a descobrir caminhando pela Ramblas, via principal que liga o centro à proximidade do mar. Um mundo de arte espera por todos, com o Museu Picasso, a obra de Antonio Gaudi, as criações modernistas singulares. E haja gastronomia, vinhos, paisagens de mar, passeios por parques municipais, luxo, rusticidade, história e modernidade. E ver e sentir, na viagem que nunca será esquecida. O porto de Barcelona só tem movimento menor do que o da Flórida nos Estados Unidos. Chegam transatlânticos imensos praticamente todos os dias, durante a alta temporada, despejando quatro mil passageiros cada um, um verdadeiro maná para o comércio.


Istambul, único país entre dois continentes, guarda todos os seus mistérios e belezas para quem chega de navio e ancora no Bósforo

 

CANNES (França) – Conhecida pelo festival de cinema, Cannes está sempre lotada de celebridades. Cidade costeira sofisticada, é centro de cultura internacional que funciona o ano todo. Além de conhecer cenários onde muitos filmes foram premiados, importante é visitar o Monte Chevalier, com uma panorâmica de grande beleza sobre o porto.Outro destaque é conhecer o mercado central e caminhar à beira-mar no porto velho, onde ficam os barquinhos de pesca artesanal, disputando espaço com os iates de ricos e famosos. De Cannes dá para fazer belos passeios a Monte Carlo e Nice.

COPENHAGEN (Dinamarca) – A capital litorânea ficou famosa no mundo por causa da estátua da Pequena Sereia, na enseada. Mas foi o mundo encantado de Hans Christian Andersen que criou a aura de magia e encantamento. Magia que todos os turistas que visitam a região entre a primavera e o verão encontram nos jardins Tivoli, uma paisagem magnífica, um mundo de divertimento, cores e luzes, fontes e música, criado para encantar adultos e crianças.

DUBROVNIK (Croácia) – Uma magnífica cidade protegida pela muralha, cercada do azul especial do Mar Adriático, uma maravilha da arquitetura barroca. O centro comercial é centenário e a cidade competiu, no passado, com Veneza. Hoje reflete nas construções, nos monumentos e museus, influências a cidade vizinha. A história é presente em cada rua, cada praça, cada prédio da Cidade Velha. E é do alto da muralha famosa que se avista toda sua beleza. Há também um lado moderno e, claro, as praias e ilhas nas proximidades.


Artistas e estudantes de Belas Artes procuram a sobrevivência enfeitando o chão da Piazza Navona, em Roma, uma das mais belas praças do planeta

FUNCHAL, MADEIRA – Funchal é a maior ilha de Portugal, porto orgulhoso de seus muitos monumentos históricos, praças cheias de charme, lugares únicos. Incluir na visitação as vilas, as cavernas vulcânicas, as praias é parte da viagem. Importante é subir até lugares mais altos, já que são as montanhas que proporcionam vistas únicas da cordilheira escarpada. Os vinhedos da ilha mostram o início da produção do vinho da Madeira.

HELSINKI (Finlândia) – Fundada em 1550, tem quase a idade do Brasil. Fica entre Estocolmo e São Petersburgo e é uma das mais bonitas capitais da Europa, cercada de águas e ilhas. Planejada com ruas amplas, praças, parques e cheia de esculturas, é admirada pela sua arquitetura neoclássica do século XIX.

ISTAMBUL (Turquia) – Magnífica cidade em ambos os lados do Estreito do Bósforo, sempre foi centro de importância mundial, desde seus dias como Constantinopla após 300 depois de Cristo e antes ainda, como Bizâncio. Apesar de seu estilo de vida contemporâneo, suas fabulosas lojas e restaurantes, Istambul guarda uma atmosfera romântica de séculos passados. Indispensável caminhar pelo Grand Bazar, conhecer as mesquitas mais famosas, apreciar o horizonte recortado de minaretes, visitar museus e curtir até um banho turco.


Cenário teatral, cidade única, Veneza também é porto de embarque/desembarque de cruzeiros marítimos e fluviais

IZMIR (Turquia) – Conhecida como Smyrna, o porto no Mar Egeu é escala fascinante de um cruzeiro. Sempre importante como centro comercial, Izmir já passou pelas mãos de governantes invasores, incluindo hunos e romanos. O resultado atual é uma cidade cosmopolita com uma grande riqueza de paisagens e atrações deixadas ao longo dos séculos por povos de diferentes culturas.

KATAKOLON (Grécia) – Foi em 776 antes de Cristo que aconteceram em Olímpia os primeiros jogos olímpicos, um recinto sagrado dedicado a Zeus. Quem visita a ilha encontra vestígios do Templo de Zeus, o estádio com 45.000 lugares e o Museu, Arqueológico, com esculturas do passado, com a famosa Vitória Alada.

LISBOA (Portugal) – Uma cidade com mais de 20 séculos de história e com nossas raízes culturais. A capital nas margens do rio Tagus oferece um mundo de atrações: igrejas, palácios, monastério, museus com acervos históricos e contemporâneos.

LIVORNO (Florença) – Do porto italiano partem duas excursões para cidades mais históricas da Itália: Florença, berço do Renascimento, com igrejas, museus entre os mais importantes da Europa e o maior tesouro florentino – a estátua de Davi, de Michelangelo. Outra opção é visitar Pisa, com sua torre inclinada e grande variedade de obras de arte, além de uma história singular.


DESTAQUES

Fotos: Divulgação

Navios estão deixando de operar no Brasil e rumando para a China

PEQUENO PRÍNCIPE IDOSO
70 anos! O Pequeno Príncipe de Saint Exupéry é um senhor de setenta anos! Passou a meia idade,- que na vida real é de 35 anos, com um pouco de sorte, 40 anos -, e chegou aos setenta sem uma ruga. Fazendo o maior sucesso. Apareceu em musicais, teatro, cinema, história em quadrinhos e muitas traduções, no mundo todo.

Mas não é só ele: os jovens baianos estão oscilando entre 70 e 80 anos, como Chico Buarque, Gal Costa, Betânia. Alguns notáveis chegaram aos 104 anos: o arquiteto Niemeyer e a artista Tomie Otake. A televisão espanhola mostrou em reportagem uma senhora de 108 anos, que vive sozinha, cozinha sua própria comida, conversa consciente e fica sabendo das novidades, lendo revistas e jornais com uma lente de aumento. Tem filhos, família, mas não quer incomodar ninguém. Então continua bebendo seu vinho. E se recusando a tomar remédios, coisa que sempre fez ao longo da vida. Pode ser DNA a explicação, mas tem muito de experiência e filosofia de vida.


Na procura de mercados mais fortes, as companhias que operam cruzeiros estão abandonando a costa brasileira

NOSSA VIDA REAL
A ONU já mostrou que o Brasil vai encolher, dos atuais 207 milhões de habitantes, para 200 milhões em 2100, quando o mundo terá 11,2 bilhões de pessoas ocupando todos os espaços (hoje o total é de 7,3 bilhões). O Brasil, que vem caindo em todas as estatísticas, hoje com a quinta maior população mundial, vai cair também para o 13º lugar no ranking, quando será ultrapassado pelo Egito, Uganda e Etiópia. E o volume de pessoas com mais de 60 anos vai triplicar no mundo até 2100. Na Europa, um a cada três cidadãos terão mais de 60 anos e na América Latina, 25% da população será de idosos. O Brasil terá, em 2050, cerca de 30% de idosos. Sinal vermelho em todos os campos: saúde ( que já está um caos), previdência, condições para manter qualidade de vida. Porque não basta viver mais. É indispensável viver mais e bem.

TURISMO DEVE MUDAR
Com gente idosa saudável, que já descobriu que o melhor remédio é ir, que o bom é viajar, que o melhor investimento é descobrir o outro lado do mundo, da cultura, das artes, o Turismo também terá que se adaptar, assim como as cidades e os serviços. Horários de saída das excursões, tipo de alimentos nas refeições, preparo dos guias e diretores de cruzeiros, tudo terá que ser revisado. São novos desafios, que as operadoras e prestadoras de serviços no Turismo terão que enfrentar. A começar com pequenos detalhes, mas de grande importância: pisos, degraus, banheiros, a altura das portas dos ônibus, tudo terá que ser modificado. A sociedade vai parar de crescer, os jovens serão em menor número. Então escolha um bom porto, pegue seu navio para um cruzeiro marítimo ou fluvial, faça as malas e seja feliz. Bom 2016, de preferência em movimento. No mar, na terra, no ar.


A MSC opera atualmente 5 navios no Brasil, mas vai deslocar um deles para a China, a partir de abril

BY, BY BRAZIL – HI CHINA
Se o setor do Turismo que trabalha com os cruzeiros marítimos já andava mal das pernas, por falta de estrutura dos portos brasileiros, dos custos operacionais cada vez mais elevados, falta de novos destinos e atrações, piora diária da economia, que deixa o consumidor com menos dinheiro para férias e lazer, agora é que o Brasil vai ficar a ver navios.

É que a Costa Cruzeiros, tradicional companhia de navegação que há décadas é a preferida dos turistas brasileiros, está com apenas dois navios na costa brasileira. Em compensação, anunciou o aumento da frota chinesa para o mês de abril, o que vai elevar os atuais 9 mil leitos no país em 38%. E já promete entregar em 2019 e 2020 na China outros dois navios com capacidade para 8.400 pessoas, um investimento de 1,2 bilhão de euros. Opera 15 navios no mundo, 2 no Brasil e prevê mais 6 embarcações até 2020.

A MSC programou a retirada de um de seus cinco navios que navegam na temporada no Brasil, também para a China. A mudança será em abril deste ano. Atualmente tem 12 navios navegando pelo mundo, por enquanto apenas 1 na China e mantém até abril 5 no Brasil. E a Royal Caribbean, que opera apenas uma embarcação no Brasil, inaugura a quinta na frota chinesa, operando um navio com capacidade para 4.905 passageiros. Atualmente a companhia já opera 15,2 mil leitos na Ásia e mantém 23 navios no mundo, 1 no Brasil e mais 5 na China.

Enquanto tudo vai de mal a pior por aqui, a China se transforma em mil oportunidades, com um público que precisa ser trabalhado, exigindo adaptações, mas que está sempre disposto a gastar muito a bordo. Para os chineses, serão ampliadas as lojas, principalmente as de grandes marcas, e os cassinos, já que os chineses gostam muito de jogos. Macau, que voltou às suas origens, vive dos jogadores inveterados, que lotam seus cassinos estilo Las Vegas.

TODO OS CAMINHOS LEVAM A ROMA
Literalmente, todos os caminhos vão a Roma, já que existem mais de 500 mil estradas conduzindo visitantes para a Cidade Eterna. O que foi provado cartógrafos e geógrafos, que realizaram pesquisas sobre construções milenares. E descobriram que em uma superfície de 26.503.452 quilômetros quadrados em torno da Cidade das Sete Colinas, o Imperador Augusto, dentro do seu projeto Millaire d’Or, conseguir fazer de Roma o ponto zero para o resto do mundo. Há 486.713 ponto de partida rumo a Roma apenas na Europa.