Viagem é a única coisa que você compra e que o faz mais rico. A frase foi parte de uma divulgação da Avalon, companhia de cruzeiros fluviais, um dos quatro produtos da Globus – family of Brands.

Se você ainda não experimentou fazer um cruzeiro fluvial pela Europa, ou se aventurou nas águas da Cambodja, Índia ou África, nem viu o encontro das águas no Amazonas, seu curriculum de turista ainda não está completo.

É preciso descobrir o conforto e até o luxo de alguns barcos que fazem roteiros pelos rios europeus ou asiáticos, conhecer os principais pontos de atração de cada cidade, aproveitar a cultura de cada país por onde os barcos atracam, mansamente, deslizando com calma pelas águas doces dos rios. A bordo, cada dia é uma surpresa, com cardápios que mostram a gastronomia dos lugares visitados, com espetáculos que vão do folclore e do artesanato e concertos com artistas renomados, das principais escolas e orquestras locais.

Fotos: Dayse Regina Ferreira

Nada é mais positivo em termos de custo/benefício, do que um cruzeiro fluvial

No Brasil, a oferta dos cruzeiros fluviais Avalon, operadora com base na Suíça, chega neste 2016 com descontos especiais e novidades como os cruzeiros em veleiros e iates na Grécia e novos roteiros ; a AmaWaterways, sempre com sistema all inclusive, foi uma das pioneiras a vender cruzeiros fluviais em nosso país; Uniworld, companhia boutique de cruzeiros fluviais até oferece atendimento de mordomos na suítes; Scenic, menos conhecida, tem cruzeiros de luxo a bordo de modernos navios e Emerald Waterways é outra opção de serviços e barcos.

As promoções vão desde descontos em dólares ( até dezembro a Uniworld estava oferecendo desconto de 3.850 dólares por pessoa no cruzeiro Retratos do Leste Europeu, com saídas em 4 e 16 de julho), ou gratuidade para o 2º hóspede na mesma cabine.

É hora de viajar pelo Danúbio até Praga, ir para Portugal e curtir o rio Douro, ver os castelos do Reno, os vinhedos e castelos na viagem para Bordeaux, sair de Paris para a Normandia, ou pegar o navio em Munique e seguir para Budapeste, ou o Mar Negro, entre Bucareste e Budapeste. Porque viajar é um investimento seguro em você mesmo. Uma viagem transforma sua vida, o torna mais interessante, mais alegre, mais compreensivo e culto. É uma experiência que pode ser aproveitada em grupos de excursões ou individualmente, em qualquer parte do planeta.


Concertos de música clássica, shows de folclore, apresentação de artesanato, palestras e degustação de vinhos e cervejas, tudo acontece a bordo dos cruzeiros fluviais

HUMANIDADE LIGADA AOS RIOS
Desde sempre o Homem fixou povoamentos ao longo de rios e vales. Várias culturas ancestrais, há mais de 4 mil anos, marcaram as margens do Nilo, Tigre e Eufrates. Assim como o Indo e Ganges na Índia, o Huang e Yuan na China, o que foi provado pelos vestígios arqueológicos de canais de irrigação encontrados na beira do rio Yuan, com mais de 2 mil anos de idade.

O Vale do Tigre e Eufrates – atual Iraque – deu origem a civilizações como as da Assíria, Babilônia e Suméria. Os rios também foram associados às divindades. Para os antigos egípcios, os deuses Ísis e Osíris foram enviados por Rá para ensinar às tribos nômades as técnicas que permitiram a fixação dos povos nas margens do Nilo.

A construção com tijolos de barro, a invenção do papiro e da escrita, o uso de canais de irrigação, foram alguns dos ensinamentos atribuídos aos deuses. Na mitologia grega os rios eram representados por divindades menores – as potâmides. Eram filhas de Tétis, casada com o irmão Oceano e, como outras ninfas, eram representadas por jovens que viviam também para a música e a dança. A potâmide Estige presidia um rio na região helênica de Arcádia e sua união com o titã Palas gerou a deusa Vitória.


Coquetel de boas vindas, jantar de gala, espetáculos: não há tédio a bordo dos cruzeiros

O rio Estige mergulha em um desfiladeiro de 183 metros para depois correr por uma garganta. O que faz associação com o mundo subterrâneo onde, segundo o poeta Homero, habitavam os espíritos dos mortos, o Elísio.Agora o rio se chama Mavronéri e houve tempo em que os gregos acreditaram que suas águas eram venenosas.

A religião hinduísta até hoje cultua os rios e o mais sagrado deles é o Ganges, principal curso de água do subcontinente, com seus 3.090 quilômetros de extensão. Desde sua nascente nas montanhas do Himalaia – até 16 quilômetros dela – fica Gangotri, um centro de peregrinação. O Ganges é ponto central de uma série de cerimônias religiosas.

Em Varanasi, nas margens do Ganges, há terraços onde hindus de todas as partes do mundo fazem banhos de imersão para purificação de pecados. Para os hinduístas, jogar as cinzas dos mortos no Ganges conduz as almas para a salvação. O que explica as muitas piras funerárias ao longo do rio.


Verão na beira do Sena: um sonho possível

Uma das principais divindades hinduístas é Vishnu, a quem se atribui a função de guardião do universo. Em várias imagens do deus, há sob seus pés uma fonte de água, que simboliza o Ganges.

A lenda da fundação de Roma tem muito a ver com o rio Tibre – Tevere – , que atravessa a cidade. Rômulo foi jogado em uma cesta com seu irmão Remo nas águas do rio e uma loba – que simboliza a cidade até hoje – salvou as duas crianças. Os rios também foram o meio mais fácil de entrada e circulação de povos exploradores, comerciantes, conquistadores e colonizadores. Como a expedição chefiada por Francisco de Orellana, em 1541, que explorou pela primeira vez o rio Amazonas. A travessia, do nordeste do Peru até a foz, durou oito meses. A origem do nome do rio é atribuída às suas descrições de uma raça de mulheres guerreiras, similar às amazonas da mitologia grega.

Fotos: Divulgação

Barco Uniworld, que tem representação no Brasil

TURISMO FLUVIAL
Doze capitais da Europa Ocidental têm um rio de tamanho razoável ao seu lado. Só o Danúbio, segundo maior rio do continente, cruza três delas: Viena, Budapeste e Belgrado. Dos seus 2.858 quilômetros de extensão, o Danúbio tem 2.575 quilômetros navegáveis, desde Bralia ( Romênia) até Ulm (Alemanha). O trecho mais bonito e turístico é entre Viena e Linz (Áustria). Uma grande rede de canais liga o Danúbio a outros rios europeus importantes, como o Reno, Oder e Meno.

Com 1.300 quilômetros de extensão, o Reno é um dos principais rios da Europa. Nasce nos Alpes suíços e segue em direção noroeste até desaguar próximo a Roterdam, na Holanda. O Reno é navegável em 800 quilômetros, desde Basiléia (Suíça) até a desembocadura no mar do Norte.O trecho mais famoso do Reno fica entre Bingen e Bonn, na Alemanha, até perto do encontro do afluente Mosel. Castelos e vinhedos em suas margens formam os cartões postais preferidos dos turistas. O Reno é ligado por canais a rios como o Ródano, Sena e Elba.

O Ródano, de 812 quilômetros de comprimento, é o maior rio que desagua no Mediterrâneo. Nasce na Suíça, atravessa o lago de Genebra e segue pela França até oeste de Marselha.


Janelões trazem a paisagem para dentro da cabine nos barcos Avalon

A zona vinícola, mundialmente conhecida, se concentra entre as cidades de Lyon e Avignon. O rio é marcado por várias quedas-d’água e cachoeiras, o que não impede que, desde 1970, seja possível ir de Lyon até Marselha de barco. A França destaca dois outros rios importantes: Loire e Sena. O Loire é o mais extenso da França e tem em suas margens uma grande quantidade de castelos e jardins, que fazem valer qualquer viagem.O melhor trecho para fotos é o entre as cidades de Angers e Orléans.

O Sena, segundo rio do país em extensão, corta Paris. O que é garantia de felicidade para qualquer turista. Deve ser percorrido, nem que seja nos Bateaux Mouches que fazem os passeios pelas redondezas da capital francesa, na descoberta de novos ângulos de seus monumentos principais. Além de Paris, os 780 quilômetros do Sena cortam Rouen, quase na desembocadura no canal da Mancha, onde fica a cidade portuária de Le Havre.

Faça as malas. A temporada de cruzeiros fluviais começa com a chegada da Primavera no hemisfério norte. Mas as promoções costumam surgir agora. Podendo, combine um roteiro terrestre com o cruzeiro fluvial. A Globus tem programações através da Monograms, Cosmos, Globus, além da Avalon, que é dedicada aos cruzeiros fluviais.


DESTAQUES


Já está em vigor a lei que dá direitos a quem tem mobilidade reduzida. Agora é cumpri-la

ADAPTAÇÃO NECESSÁRIA
O Brasil tem 45 milhões de deficientes, pessoas com dificuldades de locomoção, pessoas que continuam a trabalhar, a viajar, a ter vida social e necessitam de estruturas especiais. A começar pelas calçadas nas nossas tão estragadas ruas, pelas instalações de cinemas e restaurantes, hotéis e restaurantes. Entram na listagem também tudo o que facilita a vida dos idosos, cada vez em maior número no Brasil, cada vez mais presentes no dia a dia de todos. É bom que as companhias aéreas, as empresas de ônibus, as operadoras de Turismo acordem para encontrar soluções, que muitas vezes são absolutamente simples, mas causam problemas quando não existem. É bom que todo prestador de serviço, Prefeituras, governadores acordem para o problema. E logo, porque está em vigor, desde o dia 2 de janeiro, a Lei Brasileira de Inclusão, que determina os direitos de todo cidadão com problemas físicos de locomoção. Um basta para os rebaixamentos de calçadas feitos de qualquer maneira, que viram as cadeiras de rodas e derrubam o usuário. Um basta para as companhias aéreas que têm embarques e desembarques em posição remota, e não oferecem assistência correta, o que provoca constantes revoltas e problemas com passageiros de necessidades especiais. O mundo muda a todo instante e em uma velocidade nunca antes vista. Bom se adaptar.