O volume de vendas do comércio de varejo paranaense caiu 10% em novembro de 2015, em relação ao mesmo mês de 2014. Na média nacional, a queda foi de 7,8%, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quarta-feira (13). Esse resultado é da mensuração restrita da pesquisa, que não considera os ramos de veículos, motos e material de construção.

Os principais responsáveis por esse resultado foram os setores de livros, jornais, revistas e papelaria (-21,7%), móveis (-20,8%), tecidos, vestuário e calçados (-18,5%), combustíveis e lubrificantes (-16%) e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-15,4%).

No acumulado de janeiro a novembro de 2015, o comércio varejista paranaense recuou 2,4% ante decréscimo de 4% na média nacional. As principais contribuições negativas no Estado vieram dos ramos de móveis (-16,9%), livros, jornais, revistas e papelaria (-12,8%), tecidos, vestuário e calçados (-10,1%) e eletrodomésticos (-7,1%).

DOZE MESES – No indicador acumulado em doze meses, encerrados em novembro de 2015, as vendas do comércio regional recuaram 2%, contra queda de 3,5% na média nacional. Os ramos que mais influenciaram negativamente nas vendas foram móveis (-15,2%), livros, jornais, revistas e papelaria (-13%), tecidos, vestuário e calçados (-9,8%) e eletrodomésticos (-6,7%).

AMPLIADA – Na definição ampliada, que contempla, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção, a queda no Paraná foi de 18,1% no mês de novembro; de 9% no acumulado dos primeiros onze meses de 2015 e de 8,4% no acumulado em doze meses (terminados em novembro).

No Brasil, o volume de vendas comercial mostrou variação negativa de 13,2% no mês; de 8,4% no acumulado do ano e de 7,8% em doze meses.

Para o economista Francisco José Gouveia de Castro, diretor do Centro Estadual de Estatísticas do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social), o resultado do comércio varejista é reflexo do agravamento das condições macroeconômicas nacional, com impacto em todas as unidades da federação.

A redução da renda líquida dos consumidores, devido a aceleração da inflação e as expectativas negativas quanto ao futuro da economia, contribuiu para a redução do volume de venda do comércio varejista, afirma Castro.