Curitiba terá ações diárias para combater o mosquito Aedes aegypti ao longo de 2016. O programa 366 Dias Contra o Aedes foi apresentado pela Secretaria Municipal da Saúde durante reunião da Ação Integrada de Combate ao Aedes, realizada na tarde desta quinta-feira (21), na Secretaria de Governo Municipal, envolvendo representantes de diversos órgãos da Prefeitura de Curitiba.

O objetivo do programa é mobilizar os equipamentos de saúde, ao longo de todo o ano, para pautar o assunto entre a comunidade. A diretora do Centro de Saúde Ambiental, Giselle Pirih, explicou que está sendo elaborado um cronograma em cada Distrito Sanitário. A cada dia, uma unidade de saúde de cada distrito será responsável por desenvolver as ações, que podem ter caráter educativo, operacional ou ainda com foco na capacitação de profissionais. A intenção é fazer com que o assunto e os cuidados sejam lembrados durante o ano todo entre a população. Os cuidados para evitar os focos do mosquito devem ser contínuos e não apenas nos meses mais quentes do ano, enfatizou Giselle.

Estrutura
Ao trabalho contínuo dos agentes de endemias e agentes comunitários de saúde, somam-se as 109 unidades básicas de saúde e nove Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), distribuídas em dez Distritos Sanitários de Curitiba. São equipamentos públicos que recebem um grande fluxo de pessoas e têm um importante papel na conscientização do cidadão curitibano no que diz respeito à saúde pública, salientou.

Além do programa 366 Dias Contra o Aedes – 2016 é um ano bissexto, por isso tem 366 dias –, secretarias de Trânsito, Urbanismo, Meio Ambiente, Defesa Social, Obras Públicas, Comunicação Social, Governo Municipal e a Procuradoria Geral do Município, apresentaram durante a reunião os cronogramas de ações de suas áreas para trabalhar no combate ao Aedes aegypti.

O secretário de Governo, Ricardo Mac Donald Ghisi, destacou a importância do trabalho integrado entre todos os órgãos da Prefeitura para garantir a agilidade nos procedimentos e fazer com que Curitiba permaneça com os bons números, diante do cenário nacional. O Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), realizado em novembro em Curitiba, mostrou baixo risco para infestação do mosquito da dengue. O levantamento revelou que o índice de infestação em Curitiba é inferior a 1%, marca considerada satisfatória pelo Ministério da Saúde.

Esse índice significa menos de uma casa infestada para cada cem pesquisadas. Ao todo, foram visitados 22.270 imóveis pelos agentes de controle de vetores, o que corresponde a 86% da meta prevista – que era de 25.852 imóveis. Apesar do baixo índice de infestação, Curitiba fechou o ano de 2015 com um aumento de 73% no número de focos do mosquito em comparação com o ano anterior, o que exigiu a ampliação de ações de enfrentamento ao problema.

Até o dia 21 de janeiro, Curitiba teve 28 casos de dengue confirmados, todos importados. Em 2015, durante todo o mês de janeiro, foram 10 casos importados. Segundo o secretário municipal da Saúde, César Monte Serrat Titton, verificou-se também um aumento no número de casos suspeitos de dengue este ano, em comparação a janeiro do ano passado. Isso demonstra que o profissional de saúde também está mais sensível ao fazer o diagnóstico. Como os sintomas são muito semelhantes ao de uma gripe ou de uma virose, os médicos e enfermeiros têm optado por recorrer ao exame para confirmar possíveis casos de dengue devido à epidemia da doença em municípios e estados próximos, seguindo as orientações passadas aos profissionais da rede em dezembro, esclareceu o secretário.