SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Twitter anunciou nesta sexta-feira (5) que fechou mais de 125 mil contas relacionadas ao terrorismo desde meados de 2015, a maioria deles ligados ao grupo Estado Islâmico. A empresa informou que só fecha contas quando há relatos de irregularidades vindos outros usuários, mas disse que aumentou o tamanho de suas equipes de monitorização e de resposta aos relatos e que diminuiu “significativamente” o tempo de resposta.

Quando as contas são denunciadas, o Twitter disse que olha para aquelas que são semelhantes e usa ferramentas anti-spam para identificar outras contas violentas, o que, segundo a empresa, resulta em mais eliminações. A notícia chamou a atenção porque o Twitter tem falado pouco sobre seus esforços para combater o Estado Islâmico e grupos semelhantes.

A empresa tem sido criticada por não fazer o suficiente para impedir que militantes islâmicos e simpatizantes usem o serviço. Muitas empresas de tecnologia, lideradas pelo Facebook, tomaram medidas mais fortes para policiar o conteúdo controverso on-line em face de ameaças dos legisladores para forçar as empresas a relatar “atividade terrorista” em seus sites.

O Estado Islâmico, que controla grandes áreas na Síria e no Iraque, usou frequentemente o Twitter, que tem 300 milhões de usuários, para recrutar combatentes e propagar mensagens violentas. O governo dos EUA tem pressionado empresas de tecnologia a ajudá-lo a identificar contas relacionadas ao terrorismo, embora as companhias estejam sendo cautelosas em se envolver com o governo.