BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A defesa do pecuarista José Carlos Bumlai, 71, preso na Operação Lava Jato, pediu ao juiz federal de Curitiba (PR) Sergio Moro que o libere para exames complementares no hospital Santa Cruz em Curitiba (PR). Moro ainda não decidiu sobre o pedido. Os advogados afirmaram que o preso voltou a apresentar “prurido, irritação e baixa acuidade visual”. Para os advogados, seriam “sinais que, considerando o histórico médico do requerente, indicam a probabilidade de novo quadro de glaucoma”. A petição, protocolada na última sexta-feira (5), foi acompanhada de uma solicitação assinada pelo médico Lucas Trigo de Bumlai, com registro do Conselho Regional de Medicina de São Paulo. A defesa do pecuarista disse que não poderia dizer ao certo, em razão do feriado de Carnaval, mas confirmou que Lucas seria parente em primeiro grau do pecuarista. Lucas Trigo solicitou “avaliação oftalmológica e de fundo de olho para seguimento e conduta” devido ao “diagnóstico anterior de glaucoma”. Segundo a petição do escritório de advocacia Malheiros Filho Meggiolaro Prado, “o não tratamento dessa doença [glaucoma] pode trazer sérias consequências a seu portador, inclusive a cegueira”. No começo de janeiro, o juiz Moro autorizou exames de Bumlai, realizados no último dia 11, no mesmo hospital, para investigar sinais de sangue na urina. Segundo os resultados, vários órgãos pesquisados, como rins, baço, pâncreas e fígado estavam em condição normal, além de não terem sido encontrado sinais de cálculo renal. No entanto, foi detectada “uma pequena estrutura” na bexiga, cuja natureza demanda nova investigação médica. No último dia 4, Moro autorizou a transferência de Bumlai e do ex-deputado federal Pedro Corrêa, que estavam presos no cárcere da Polícia Federal de Curitiba, para o CMP (Complexo Médico-Penal) da capital paranaense.