SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os economistas e instituições financeiras ouvidos pelo Banco Central em sua pesquisa semanal ampliaram a expectativa para a inflação para este ano e para o próximo. Agora, projetam IPCA (índice oficial de inflação) de 7,56% em 2016, ante 7,26% na semana anterior, e de 6% em 2017, contra 5,80% na sondagem passada. Há quatro semanas, as expectativas eram de inflação de 6,93% neste ano e de 5,20% no próximo. A meta estipulada pelo Banco Central é de 4,5% com dois pontos percentuais para cima ou para baixo. A revisão ocorre após o IPCA acelerar para 1,27% em janeiro, pressionado pelos preços dos alimentos e transporte. Foi maior alta para meses de janeiro desde 2003, quando os preços subiram 2,25%. Naquele ano, o dólar subiu com as incertezas do mercado sobre o primeiro governo PT e isso afetou a inflação. Em 2015, o IPCA encerrou com o maior avanço em 13 anos. O mercado também ampliou para 3,21% a queda do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano. Na semana anterior, a projeção era de 3,01%. As perspectivas para 2017 também foram pioradas e passaram a indicar crescimento de 0,60% no próximo ano, leve queda em relação ao 0,70% da semana anterior e ao 0,86% de quatro semanas atrás. Estudo do Credit Suisse mostrou que o Brasil pode ter recessão inédita de três anos de contração. O banco Credit Suisse esperava contração de 3,5% do PIB neste ano, mas agora já trabalha com número mais próximo de 4%, mesma estimativa da instituição para 2015. E, para 2017, projeta um terceiro recuo, entre 0,5% e 1%. JUROS A expectativa em torno da taxa básica de juros (Selic) foi mantida em 14,25% neste ano. Em 2017, o mercado revisou levemente para baixo, prevendo 12,96% nesta semana, ante 13% na anterior. Quanto ao dólar, as projeções para 2016 e 2017 foram mantidas em R$ 4,35 e R$ 4,40, respectivamente.