GUSTAVO URIBE E FLÁVIA FOREQUE
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Sob crítica da comunidade internacional, a administração da presidente Dilma Rousseff estrutura um pacote de medidas para agilizar acordos e aumentar a troca de informações com países estrangeiros sobre o combate ao vírus da zika, apontado como o responsável pelo surto de microcefalia no país.
Em elaboração pelo governo federal, o conjunto de medidas, que deve ser lançado até o final deste mês, deve incluir iniciativas como convênios do governo brasileiro com laboratórios internacionais, produção de vacinas em parceria com os Estados Unidos e a diminuição da burocracia para exportação de amostras do vírus da zika.
O tema foi discutido nesta quarta-feira (10) em reunião no Palácio do Planalto com as participações dos ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Marcelo Castro (Saúde) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia). A pauta oficial do encontro foi discutir novas tecnologias de combate ao zika.
O objetivo de enviar amostras para laboratórios no exterior é avançar na conclusão de que o zika é de fato o responsável pelo surto de microcefalia no país. A OMS (Organização Mundial de Saúde) tem defendido que o Brasil envie o material para institutos de excelência nos Estados Unidos e na União Europeia, que relataram dificuldade em acompanhar a evolução do vírus.
No final do ano passado, a presidente Dilma já havia discutido com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a criação de um grupo entre os dois países para desenvolver vacinas contra o vírus da zika. A ideia é de que o trabalho ocorra em parceria entre o Instituto Butantan e o National Institute of Health (NIH).