A Prefeitura de Curitiba afirmou à Comissão Especial do Metrô da Câmara Municipal que a licitação seria lançada até o final de 2015, o que não aconteceu. A confirmação foi feita em agosto pelo secretário municipal de Planejamento e Administração, Fábio Scatolin, que deverá esclarecer ao colegiado, na próxima quarta-feira (17), sobre o porquê do atraso no lançamento do edital. A agenda será no Palácio 29 de Março, às 14h30.

Conforme o presidente da comissão, Tico Kuzma (Pros), a primeira reunião de 2016 é para cobrar uma definição sobre a obra. Desde a sua instalação, em junho do ano passado, o colegiado tem acompanhado o andamento do processo – suspenso em agosto de 2014 pelo TCE-PR, que pediu a reformulação de partes do edital, depois que os conselheiros do órgão questionaram o laudo ambiental, a ausência de pesquisa origem-destino e maior detalhamento do objeto do contrato (saiba mais).

Nós já sabemos que os três pontos levantados pelo TCE foram respondidos pela prefeitura. O secretário nos disse que o edital seria lançado até o final do ano. O que precisamos é ter uma resposta definitiva se ele será lançado ou não. A prefeitura vai fazer a licitação? Se não fizer, ela vai apresentar uma alternativa para o transporte coletivo?, comenta o vereador, ao citar a primeira reunião realizada com Scatolin, no dia 10 de agosto (leia mais).

A agenda está marcada para quarta, às 14h30, no Palácio 29 de Março, sede da Prefeitura de Curitiba – avenida Cândido de Abreu, 817, Centro Cívico. Além de Tico Kuzma, integram a Comissão Especial do Metrô: Serginho do Posto (PSDB), vice-presidente; Bruno Pessuti (PSC), relator; Carla Pimentel (PSC); Chico do Uberaba (PMN); Dona Lourdes (PSB); Helio Wirbiski (PPS); Jonny Stica (PT); e Valdemir Soares (PRB).

A obra
O metrô de Curitiba terá 22 quilômetros de extensão e 19 estações, será integrado aos terminais de ônibus da capital e deverá transportar 20.400 pessoas hora/sentido (veja aqui). O custo estimado da obra ultrapassa R$ 5,5 bilhões (valor atualizado). Até meados de 2015, o valor oficial divulgado era R$ 4,7 bilhões, que seria dividido entre o poder público – governo federal R$ 1,8 bilhão, prefeitura R$ 700 milhões e governo estadual R$ 700 milhões – e iniciativa privada, R$ 1,5 bilhão.