A Secretaria de Saúde de Maringá anunciou nesta sexta-feira (12), quatro casos registrados de zika vírus em Maringá, três deles contaminados na própria cidade. A secretária de Saúde, Carmem Inocente, apresentou os dados e pediu a atenção redobrada da população no combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti, que também transmite a dengue e a febre chikungunya.

A enfermeira do programa municipal de combate à dengue, Janete Fonzar, o gerente de Vigilância Ambiental, Silvio Torrecilha, o diretor de Vigilância em Saúde, José Orlando, e a gerente de Epidemiologia, Evelyn Miwa Nakashima Braga, participaram do anúncio.

Dos quatro casos de zika registrados em Maringá, um é importado e os outros três são autóctones, o que significa que a pessoa contraiu vírus no município. Até o momento foram notificados 786 casos de dengue, sendo 50 confirmados. Nenhum caso foi registrado em gestantes. Nossos servidores estão capacitados para atender e orientar a população em relação às três doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Pedimos para as pessoas procurarem atendimento médico se apresentarem qualquer sintoma das doenças, ressalta Carmem. Em relação às gestantes, a secretária de Saúde conta que as Unidades Básicas de Saúde estão promovendo ações de prevenção e proteção contra o zika vírus.

A secretária também explica que o combate ao mosquito da dengue precisa ser intensificado, principalmente dentro das residências, já que o primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (Lira) de 2016 apontou que 47,9% dos criadouros do Aedes aegypti foram encontrados no lixo intradomiciliar. A Secretaria de Saúde tem feito muitas ações de combate ao mosquito, mas precisamos do apoio da população. O combate ao Aedes depende de cada um de nós. Carmem lembrou que a população pode denunciar casos de possíveis criadouros do mosquito pelo disque Saúde, 160, ou pela ouvidoria da Prefeitura, 156.

A enfermeira do programa municipal de combate à dengue, Janete Fonzar, explicou que desde o dia primeiro de janeiro a Secretaria de Saúde promoveu 20.376 bloqueios em campo, que são profissionais que espalham inseticida com um equipamento, em um raio de 300 metros das residências das pessoas notificadas. O bloqueio também foi promovido próximo às casas dos pacientes em que foram confirmados o zika vírus. Adotamos essa estratégia de bloqueio que tem surtido bons resultados, mas ainda precisamos da atenção da comunidade nos cuidados dentro de casa, explica Janete.

O gerente de Vigilância Ambiental, Silvio Torrecilha, lembrou que as Secretarias Municipais estão promovendo diversas ações integradas no combate ao mosquito. Nossa intenção com essas ações não é multar a população e sim conscientizar sobre a importância de manter o quintal limpo, sem oferecer chance para a formação de criadouros do mosquito.