SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em janeiro, o Cantareira voltou a assumir o posto de principal sistema de abastecimento de água da Grande São Paulo. Desde março de 2015, ele havia sido ultrapassado pelo Guarapiranga, em termos de números de pessoas atendidas.
Hoje, enquanto o Cantareira atende 5,7 milhões de paulistas, o Guarapiranga fornece água para uma população de 5,2 milhões de pessoas. Antes da estiagem, no final de 2013, os dois sistemas atendiam, respectivamente, 8,8 milhões de pessoas e 3,9 milhões de pessoas.
Por causa da maior seca da história do Cantareira, a Sabesp e o governo Geraldo Alckmin (PSDB) tiveram que acelerar as obras de interligação entre os sistemas de abastecimento de água da Grande São Paulo. Muitas das ações constavam de vários planos de segurança hídrica da região feitos havia vários anos.
A retomada da produção de água no Cantareira em janeiro ocorreu após o mês ter registrado chuvas praticamente dentro da média histórica. Apesar da melhora, especialistas alertam que a situação dos mananciais da Grande São Paulo está longe do ideal. Principalmente a do próprio Cantareira.
Nesta sexta-feira (12), o sistema Cantareira está com 36,9% da sua capacidade total. A atual temporada de chuvas termina em março e, dependendo do que ocorrer durante os meses mais frios, o volume morto poderá ter que ser usado novamente no segundo semestre.
Do total de consumidores da Sabesp na região metropolitana, segundo números oficiais da companhia, 65% ganharam bônus em janeiro. Número que tem se mantido mais ou menos estável durante os meses de verão. Na outra ponta, 14% dos clientes da Sabesp pagaram sobretaxa por usar água em excesso.
Desde o dia 1º de fevereiro, a Sabesp mudou os números do consumo de referência para cálculo do bônus. Os novos valores estão na conta de água de cada consumidor.