SILAS MARTÍ
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Não era difícil encontrar o bloquinho Unidos da Grande Mel. Em frente ao Theatro Municipal, no centro paulistano, as cores do estandarte dourado da festa pareciam transbordar para as cerca de 300 pessoas que se concentraram ali para prolongar o Carnaval, na tarde deste sábado (13).
Purpurina dourada, estampa de oncinha e cocares espalhafatosos dominaram as fantasias. Reforçando uma tendência deste verão, rapazes tinham a barba cheia de glitter e uma garota foi de topless, também toda de ouro, como a estatueta do Oscar, só que mais voluptuosa.
Menos variada foi a oferta de bebidas. Enquanto outros blocos neste Carnaval ostentaram até spritz, drinque à base de espumante, e uma pasta de vodca, a única inovação no Mel era um geladinho de batida, vendido como “invenção do Carnaval”. Fora isso, catuaba e cerveja reinavam.
Versão carnavalesca de uma festa que costuma ocupar a praça Dom José Gaspar, também no centro, o bloco manteve o repertório habitual do cancioneiro brega, com clássicos da lambada, como a banda Kaoma, Luiz Caldas e afins.
Duas horas depois do início da concentração nas escadarias do Municipal, a festa transcorria tranquila e favorável. Em número talvez até desproporcional para o tamanho do bloco, policiais assistiam ao desfile de fantasias.