Para o promotor da Vara da Auditoria da Justiça Militar Estadual, Misael Duarte Pimenta, a ação policial que resultou na “Batalha do Centro Cívico”, em 29 de abril do ano passado, foi exitosa. Pimenta ainda pediu o arquivamento do inquérito policial militar que apurava o uso desproporcional de força dos policiais na manifestação dos professores e afirmou que os propósitos dos líderes da manifestação era “coisa genuinamente de facções radicais”.

De acordo com o representante do Ministério Público, os autos da investigação da PM do Paraná não reunem indícios para que se apresente denúncia por abuso de força dos policiais. Na ocasião, professores estaduais e outros servidore públicos protestavam contra o pacote de mudanças proposto pelo governo estadual na Paranaprevidência. Mais de 200 pessoas acabaram feridas no episódio.

No texto, o promotor aponta que lideranças ativistas, com propósito “claro” de subverter a ordem e a lei, “coisas genuinamente próprias de facções radicais e regimes político-ideológico sectários e corruptos, (…), tomaram conta do estado. Quando se contaminam pelo radicalismo, os desordeiros não se contêm, desafiam o perigo e não previnem as consequências, resultados esses bem delineados nestes autos (…), escreve Pimenta.

O parecer do promotor segue o que já afirmava à época dos acontecimentos o governo do Paraná, que se defendia das acusações de truculência afirmando que manifestantes de esquerda e sindicalistas ligados ao PT teriam iniciado a confusão. Para o promotor, para cnter “a turba irresignada” foi necessáro o uso da força, e tudo teria sido evitado se os manifestantes tiessem permanecido concentrados, sem hostilidades.