O presidente em exercício da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Antonio Carlos Nunes Lima, terá de depor obrigatoriamente na CPI do Futebol na próxima quarta-feira (16). A oitiva foi confirmada pelo presidente do colegiado, senador Romário (PSB-RJ).

Mais conhecido como Coronel Nunes, ele se recusou a comparecer a uma reunião da CPI no dia 2 de março, alegando compromissos com a seleção brasileira de futebol. O fato levou Romário a apresentar o requerimento de convocação, acatado pela Justiça Federal do Pará, que determinou também a condução coercitiva do dirigente, a cargo da Polícia Federal.

Coronel Nunes é presidente da Federação Paraense de Futebol e ocupa interinamente a presidência da CBF em virtude da licença do titular, Marco Polo del Nero. Em comunicado, a CBF informou que ele comparecerá voluntariamente ao colegiado. No dia 2 de março, Romário disse que havia esgotado todos os convites para que ele se apresentasse espontaneamente, passando assim a convocação – com possibilidade de uso da condução coercitiva – o único caminho a ser percorrido.

— Nós convidamos duas vezes, convocamos outras vezes e ele se acha acima de qualquer situação, especialmente acima da lei. Eu sempre falei e vou repetir: esta é uma CPI séria e é pra ser encarada como tal. Se ele entende que só viria assim, se ele entendia que a CPI não teria coragem e ele não viria, agora tem que vir dessa forma — afirmou Romário.

O requerimento de convocação baseia-se nas investigações levadas a cabo pela CPI. O objetivo é aprofundar as investigações sobre possíveis irregularidades em contratos feitos na realização de jogos por parte da CBF. A comissão ainda investiga irregularidades relacionadas à organização da Copa do Mundo de 2014.