SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Após sair da avenida Paulista na manhã desta sexta-feira (18), um grupo de manifestantes contra o governo seguiu para a avenida Nove de Julho, na região dos Jardins, na zona oeste de São Paulo. Cerca de 25 pessoas estiveram no novo local do protesto, que durou cerca de uma hora e meia. Por volta das 11h35, a avenida foi desocupada.

O grupo chegou a bloquear duas faixas da via, na altura do cruzamento com a alameda Itu. Veículos tiveram de desviar para a avenida Paulista ou seguir pela faixa de ônibus. A PM e a CET acompanharam a movimentação no local. Mais cedo, o grupo foi retirado da Paulista pela Tropa de Choque da Polícia Militar.

O motivo é que a avenida será palco de um novo protesto, mas a favor do PT e do ex-presidente Lula. O ex-presidente era presença esperada no ato desta sexta (18), mas discute com aliados a possibilidade de não comparecer. Temendo conflitos, interlocutores insistem para que ele não vá às ruas.

 

PAULISTA ABERTA

Policiais usaram bombas de gás e caminhão com canhão de água para dispersar os manifestantes, parte dos quais, acampados no local desde a última quarta-feira (16). Foi a primeira vez que a PM usou jato de água em grandes protestos. Inicialmente, apesar de já possuir os mesmos blindados israelenses, o uso era evitado -devido a uma possível crítica relacionada à crise hídrica. Em protestos do MPL recentes, a PM também preferiu métodos mais agressivos, como o uso de balas de borracha.

Após um movimento rápido dos policiais, a avenida foi desobstruída e o trânsito está liberado na via. Ninguém foi preso. Houve gritos contra Geraldo Alckmin, como “Ladrão de merenda”. Os portões da entrada da estação Trianon-Masp foram fechados pela própria equipe do metrô. Os manifestantes que saíram das ruas ocupam, agora, a calçada.