O Atlético caiu em mais uma final. Nesta quarta-feira (20), o time perdeu para o Fluminense, por 1 a 0, na decisão da Primeira Liga. O técnico do Furacão, Paulo Autuori, minimizou a perda do título ao afirmar que o revés na final em Juiz de Fora (MG) foi uma infelicidade. A gente não tem por que se abater. A equipe está construindo coisas e não vou permitir de maneira nenhuma que a gente se abata até porque não foi uma infelicidade, disse o treinador. Não vi grandes diferenças.

Na final de quarta-feira, o Atlético teve 52% de posse de bola, 15 finalizações (3 certas), 90% de precisão nos passes e 3 escanteios. O Flu somou 14 finalizações (6 certas), 89% nos passes e 9 escanteios. O Fluminense fez o gol aos 32-2º, em um lance esporádico. Depois de um chutão para o círculo central, Paulo André perdeu a dividida para Magno Alves. Marcos Junior recebeu nas costas de Sidcley, partiu livre e tocou entre as pernas de Weverton. Quando sofremos o gol, o jogo estava completamente controlado, sem perspectiva de sofrer ou fazer o gol!, falou o treinador. Não posso sair daqui completamente insatisfeito com a equipe. Saio com o resultado. Era algo que queríamos ganhar. Não foi possível. Assim é o futebol.

Ao perder a final da Primeira Liga para o Fluminense, o Atlético soma 11 anos de fracassos seguidos em finais – quando os títulos são decididos no último jogo, envolvendo apenas as equipes que estão na disputa. Antes, perdeu a Copa do Brasil de 2013 para o Flamengo, os estaduais de 2013, 2012 e 2008 (todos para o Coritiba), além da Libertadores de 2005 para o São Paulo. O último título em uma final foi o Paranaense de 2005, contra o Coritiba. Quando foi campeão estadual em 2009, o Atlético não disputou uma final; ganhou o título ao terminar o octogonal final com a melhor campanha.

Agora, o Atlético mira uma nova final, a do Campeonato Paranaense. Neste domingo (24), o time enfrenta o Paraná Clube, na Vila Capanema. Se empatar, vai à decisão do título, contra o vencedor do duelo entre Coritiba e PSTC. Nem dá nem tempo de lamentar nada, a gente não tem tempo, falou Autuori.

Gás após o jogo

O técnico Paulo Autuori, do Atlético, vociferou contra a atitude de torcedores, que soltaram bombas de gás no estádio Mário Helênio, em Juiz de Fora. É uma ignorância. Está hora de limpar a torcida. Como a torcida faz uma situação dessa. Tem que tirar marginal de campo, afirmou ele. Essa coisa da torcida tem que dar um basta. Enquanto não entender que são apenas adversários e nada mais, fica difícil.