SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ex-presidente da CBF José Maria Marin não vai receber a CPI da Máfia do Futebol, da Câmara dos Deputados. Na terça (26), a comissão aprovou requerimento para ouvi-lo nos Estados Unidos, onde cumpre prisão domiciliar.
O requerimento aprovou também que o empresário J Hawilla, delator do esquema de corrupção que levou vários cartolas à prisão, seja ouvido.
Para os deputados ouvirem Marin ou Hawilla, é preciso, primeiro, que a Justiça Americana, que investiga as denúncias de corrupção, autorize. Mesmo com o aval, o depoente pode se negar a falar, que seria a atitude de Marin já que a CPI não tem jurisdição sobre ele, preso e esperando julgamento fora do Brasil.
A CPI do Futebol, instalada no Senado em julho de 2015, também já tentou ouvir Marin fora do país, quando ele estava preso na Suíça, mas desistiu porque ele não falaria e seria gasto dinheiro público à toa para viajar até a Europa.
O ex-presidente da CBF foi extraditado para os Estados Unidos em 3 de novembro, após cinco meses preso na Suíça. Ele é acusado pelo governo americano de participar de um esquema mundial de propinas e subornos no âmbito de comercialização de jogos e direitos de marketing de competições. Marin se declara inocente.
Os deputados que fazem parte da CPI da Câmara tentaram aprovar requerimento que convidasse o técnico da seleção brasileira, Dunga, e o pai do jogador Neymar, Neymar da Silva, para deporem, mas não foi a solicitação não foi adiante.