Com a queda brusca da temperatura nesta semana em Curitiba, muita gente deve estar pensando que finalmente o mosquito vai morrer e a dengue vai acabar. Engana-se quem pensa dessa forma. Apesar de a atividade reprodutiva do mosquito diminuir com temperaturas abaixo de 17°C, ela não cessa e as larvas dos ovos já depositados podem aguardar até 450 dias para se desenvolverem e darem origem a um novo inseto.
Com esse contexto, as autoridades sanitárias veem o período como a melhor época para eliminar possíveis focos do Aedes aegypti — mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya — e tentar minimizar uma situação semelhante ou pior no próximo verão. Não podemos permitir que a população relaxe nesta época do ano. Precisamos nos manter mobilizados para que focos, ovos e larvas continuem a ser eliminados mesmo no inverno. O mosquito não pode ter essa chance, afirma a bióloga Tatiana Robaina, do Programa Municipal de Controle do Aedes.
Curitiba tem 451 casos de dengue confirmados (18 autóctones), 38 episódios de zika (oito autóctones) e 12 casos de chikungunya (todos importados).