FERNANDA ATHAS
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Estudantes ligados à UNE (União Nacional dos Estudantes) se concentraram nesta quinta-feira (28) em universidades de ao menos três Estados: São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná.
O ato, organizado pela entidade, foi nacional e em prol da democracia e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Em São Paulo, estudantes protestaram em frente à FMU, na avenida da Liberdade, no centro da capital.
Em Porto Alegre, os estudantes se reuniram na faculdade de direito da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) no início da noite desta quinta-feira (28). “Consideramos o impeachment um golpe”, disse Giovani Culau, 22, vice-presidente da UNE.
Em Erechim, no norte do Estado, cerca de 60 estudantes, segundo o grupo Juventude Estudantil pela Democracia, acamparam dentro do prédio da UFFS (Universidade Federal da Fronteira Sul). Os estudantes afirmaram em nota que consideram a votação na Câmara no dia 17 um “retrocesso” e, por isso, paralisaram as atividades nesta quinta.
PARANÁ
Em Curitiba, grupos estudantis ligados à UNE, como a União Paranaense dos Estudantes, se reuniram em frente ao prédio da reitoria da UFPR (Universidade Federal do Paraná) em adesão ao ato nacional.
Segundo Bruno Schroeder, 23, diretor da UNE no Paraná, o ato também tem o objetivo de lembrar a represália sofrida por professores da rede estadual de ensino no ano anterior no dia 29 de abril de 2015, quando confronto com a PM resultou em mais de 200 feridos.
Schroeder afirma que, além de Curitiba, o grupo tem apoio e adesão de universidades no interior do Estado, como Maringá, Cascavel, Ponta Grossa, Londrina, Apucarana, Campo Mourão, União da Vitória, Foz do Iguaçu, Passo Branco e Palmas.
PROTESTO
Também nesta quinta, grupos ligados ao MTST (Movimento de Trabalhadores Sem Teto) fizeram atos em São Paulo, na manhã desta quinta (28), e em outros sete Estados – RJ, MG, PR, RS, GO, CE e PE – contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff e um eventual governo do vice Michel Temer. Eles também fizeram críticas ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).