LUCAS VETTORAZZO
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A taxa de desemprego do país atingiu 10,9% no primeiro trimestre deste ano, divulgou o IBGE na manhã desta sexta-feira (29). A taxa foi a maior já registrada pela chamada Pnad Contínua, pesquisa de desemprego lançada no primeiro trimestre de 2012.
A taxa apresentou alta em relação a última verificação, no trimestre móvel encerrado em fevereiro, de 10,2%.
A Pnad tem abrangência nacional e os dados são compilados por períodos de três meses. O IBGE sugere comparação do primeiro trimestre deste ano com o período de três meses encerrados em dezembro passado.
Também nessa base, o desemprego avança. No último trimestre fechado do ano passado (outubro, novembro e dezembro), a taxa de desemprego esteve em 9%.
Há um ano -janeiro, fevereiro e março de 2015- o desemprego era de 7,9%.
DESOCUPADOS
O número absoluto de desocupados -pessoas sem emprego, mas que buscam colocação- encerrou o primeiro trimestre deste ano em 11,089 milhões, alta de 22% em relação ao trimestre encerrado em dezembro passado.
Isso significa que na passagem do último trimestre do ano passado para os três primeiros meses deste ano, 2,016 milhões de pessoas entraram na fila do emprego.
Há um ano atrás, de janeiro a março de 2015, o número absoluto de desocupados era de 7,934 milhões.
A população ocupada -que de fato está em um emprego- também diminuiu. Ao final de março deste ano, eram 90,639 milhões, queda de 1,7% em relação ao trimestre encerrado em dezembro (92,245 milhões).
RENDA
A renda média real do trabalhador também teve queda no primeiro trimestre deste ano, ao registrar R$ 1.966. Em um ano, a queda no rendimento foi de 3,2% -de janeiro a março de 2015, a renda do trabalhador era de R$ 2.031.
No trimestre encerrado em dezembro, a renda do trabalhador era de R$ 1.961, estatisticamente estável em relação ao trimestre imediatamente posterior.