CAMILA MATTOSO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Antes de sair da reunião do Conselho do São Paulo, na última segunda-feira (25), Ataíde Gil Guerreiro deu um recado para Carlos Miguel Aidar, ex-presidente do clube. “Disse que me arrependia de não ter arrebentado ele em pedaços, por tudo que ele acabou provocando na minha vida”, afirmou o diretor de relações institucionais do São Paulo à reportagem. A declaração de Ataíde foi dada logo após a confirmação da expulsão dos dois do Conselho do clube. Ataíde foi expulso por ter agredido o ex-presidente Carlos Miguel Aidar em uma reunião em um hotel da capital paulista, no ano passado. O comitê de ética do clube deu um parecer afirmando que houve “tentativa de homicídio”. Ele pediu demissão do seu cargo de diretoria de relações institucionais após a decisão dos conselheiros na última segunda-feira. O mandatário do Morumbi, porém, não aceitou. “Foi muito legal o que o Leco fez. Eu pedi a demissão porque eu achava que a minha manutenção no cargo poderia ter reflexo negativo. Mas ele não aceitou porque disse que precisava de mim no que eu estou fazendo, nas negociações com a TV”, disse Ataíde à reportagem. “Eu fiquei lisonjeado. Estou muito chateado por ter saído do Conselho. Eu ia ficar longe do São Paulo. O que o Leco fez mostrou que ele é um líder destemido porque mostrou que ele não está preocupado com a repercussão”, completou. Ataíde afirma que não vai procurar a Justiça para voltar ao Conselho. Embora se sinta injustiçado pelo motivo, ele entende que a votação da última segunda-feira foi um sinal claro de que os conselheiros não estão satisfeitos com seu trabalho. “Eu nunca fui muito simpático, mesmo. Os conselheiros não gostavam de mim. Foi uma decisão expressiva. É página virada agora”, terminou.