PAULO SALDAÑA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Apeoesp, principal sindicato dos professores da rede estadual de São Paulo, adiou a decisão de entrar em greve em ato nesta sexta-feira (29) na avenida Paulista. A categoria pede reajuste de 16,6%. Os manifestantes seguem em passeata até a sede do Centro Paula Souza, no centro, ocupada desde quinta-feira (28) por alunos. Desde as 16h45 a avenida Paulista está fechada no sentido Consolação.

O bloqueio começa na alameda Campinas. A avaliação do sindicato é que ainda não há na rede mobilização para uma greve. O secretário de Educação do Estado, José Renato Nalini, promete uma proposta até o dia 23 de maio. No dia seguinte está marcada nova assembleia para avaliar a proposta e decidir sobre uma possível paralisação. No mês passado, o sindicato havia decretado em assembleia estado de greve, indicando que poderia iniciar a paralisação a qualquer momento. “Queremos uma posição taxativa do secretário, não dá mais para esticar a corda”, diz a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha.

Segundo ela, a greve de 89 dias no ano passado desgastou parte dos profissionais, que estaria sem ânimo para uma medida como essa neste momento. De acordo com a entidade, 3.000 pessoas participam do ato. Entre os manifestantes, muitos são das equipes de apoio do sindicato. O último reajuste concedido aos professores pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB) foi no meio de 2014. Outras entidades sindicais que representam os profissionais da educação estadual realizam ato contra política salarial do governo na praça da República.

VAGAS — O governo anunciou nesta sexta (29) a autorização de um concurso para 1.878 diretores. A medida já era prometida há pelo menos quatro anos, segundo os sindicatos. Atualmente há 1,6 mil cargos de diretores vagos sendo ocupados por designação. O Estado também liberou a contratação de 2 mil professores temporários. A rede registra cerca de 200 mil professores, um dos menores índices dos últimos anos.