Em uma sociedade em que as pessoas precisam se destacar – às vezes até por questão de sobrevivência em um mercado tão competitivo, muito tem se falado sobre Marketing Pessoal. O conceito comum é de que devemos saber mostrar aos nossos pares nosso profissionalismo, competência e outras qualidades.

De fato, há muitos profissionais com excelentes qualidades técnicas e habilidades profissionais específicas que não conseguem se destacar nos ambientes de trabalho ou sequer conquistam uma boa colocação profissional porque não conseguem demonstrar sua competência. Não podemos esperar que o mundo nos descubra! Precisamos descobrir as melhores formas de contar aos outros o que podemos fazer e quão bem podemos desenvolver atividades profissionais em nossas ocupações.

Porém, muitos estudiosos da questão, professores, palestrantes e outros profissionais têm confundido o que seja o Marketing Pessoal. Fazer bem o seu Marketing Pessoal nada tem a ver com ‘enfeitar’ seu currículo, colocando habilidades que você não tenha de fato (a maioria das pessoas que diz ser fluente em inglês, por exemplo, não tem a menor desenvoltura com essa língua), usando fontes exóticas para a escrita ficar mais chamativa ou mesmo imprimir seu currículo em folhas coloridas para que ele desperte mais atenção de quem estiver responsável pela seleção.

Fazer um bom Marketing Pessoal não é apenas vestir-se bem, falar de maneira firme e gesticular com segurança. Tudo isso é importante, mas de nada vai adiantar se a pessoa for vazia de conteúdo. É como um produto colocado no mercado: a embalagem é importante, mas o produto precisa ser também muito bom para ter boa aceitação.

O profissional que faz bem o seu Marketing Pessoal consegue se sobressair sem humilhar ninguém, de maneira discreta e chamando a atenção para suas reais habilidades e qualidades profissionais. Isso nada tem a ver com uma prática – errada! – comum no mercado: salientar as qualidades e esconder as eventuais falhas. Não! As falhas devem ser trabalhadas e colocadas como pontos a serem melhorados em nosso perfil profissional. Podem ser até admitidas em uma entrevista de emprego, por exemplo, com dignidade e sem fragilizar a pessoa.

Em resumo, o Marketing Pessoal não vai salvar um mal profissional, mas a falta dele pode prejudicar um bom profissional. Pense nisso!

 

Adriane Werner. Jornalista, especialista em Planejamento e Qualidade em Comunicação e Mestre em Administração. Ministra treinamentos em comunicação com temas ligados a Oratória, Media Training (Relacionamento com a Imprensa) e Etiqueta Corporativa.