O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou ontem no comício governista pelo Dia do Trabalho que há “dezenas de detidos” vinculados a um novo suposto plano para matá-lo e ordenou uma “rebelião e decretar uma greve geral indefinida” caso algum complô seja bem-sucedido.
“Eu não queria alarmar vocês, mas temos dezenas de detidos e ontem detivemos pessoas no topo de alguns edifícios” próximos ao local onde deveria acabar a passeata de hoje”, disse perante milhares de manifestantes em discurso transmitido em rede nacional obrigatória de rádio e televisão.
Por essa aparente tentativa de franco-atiradores, Maduro disse, sem oferecer mais detalhes, que decidiu que a passeata pelo Dia do Trabalho terminaria no Palácio Presidencial.
“A oligarquia e o imperialismo (em alusão aos Estados Unidos) estão desesperados e se algum dia fizerem algo contra mim e conseguirem tomar este palácio, de um jeito ou de outro, eu ordeno que vocês, homens e mulheres da classe operária, declarem rebelião e decretem uma greve geral indefinida”, pediu aos seguidores.
Maduro já denunciou em diversas ocasiões outros planos contra a sua pessoa, a última vez no dia 13 de abril, quando afirmou que tinha “provas” de um plano que atribuiu a paramilitares e disse que as apresentaria “nas próximas horas”, mas não o fez.