As cirurgias robóticas já são um grande sucesso no Brasil, uma vez que são menos invasivas e traumatizam menos os tecidos. Entre as que estão dando melhores resultados estão as cirurgias robóticas na próstata, que mostram a superioridade do robô em relação com outras vias de acesso e, nos Estados Unidos, já são realizadas em 90% dos casos. No aparelho digestivo também já vem sendo utilizadas nos centros mais avançados do mundo, com altos índices de aprovação. 

As cirurgias robóticas devido ao grande avanço na medicina que representam, serão um dos principais temas do 13º Congresso Brasileiro de Videocirugia, que será realizado de 11 a 14 de maio, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, juntamente com o B.E.S.T – Sobracil 2016, o 2º Congresso Brasileiro e Latino-Americano de Cirurgia Robótica e o Congresso Internacional de Enfermagem Robótica.

E um dos pontos de destaque dos eventos serão as cirurgias realizadas ao vivo, por equipes de alto padrão e especialistas conhecidos internacionalmente, que serão transmitidas dos Hospitais 9 de Julho, São Luiz e ACCamargo, em São Paulo, Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus, em Juiz de Fora, e Hospital Pitangueiras, do Grupo SOBAM, em Jundiaí, com possibilidade de interação entre os participantes do congresso e as equipes cirúrgicas, o que tem despertado grande interesse dos médicos.

Outro destaque é um Robô Da Vinci e um simulador que ficarão à disposição dos médicos para treinamento e explicações sobre seu funcionamento.

Segundo o Carlos Eduardo Domene, presidente da SOBRACIL – Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica, e do Congresso, a cirurgia robótica foi introduzida no Brasil a partir do ano 2000, e vem tendo um aumento acentuado em suas indicações desde então. As cirurgias que são realizadas por via laparoscópica, podem ser feitas através do robô, com mais eficácia e segurança.

O uso do robô Da Vinci, que é o utilizado no Brasil, favorece uma cirurgia menos invasiva, com visualização muito melhor dos órgãos que estão sendo operados – a visão do cirurgião é em três dimensões – tornando-se menos invasiva e levando a menor trauma dos tecidos.

Quem controla os movimentos do robô é o cirurgião que, através de um console especial, controla tudo o que acontece dentro do corpo. As pinças tem um movimento mais delicado e preciso devido a esta interface entre os braços do cirurgião e os órgãos do paciente que está sendo operado. As pinças robóticas foram especialmente desenhadas para simular os movimentos das mãos do cirurgião, permitindo uma destreza nunca alcançada pela cirurgia laparoscópica. O robô auxilia o cirurgião treinado a realizar suas cirurgias com mais segurança e precisão.

No aparelho digestivo, praticamente todas as cirurgias podem ser realizadas através da assistência do robô. Na cirurgia da obesidade, por exemplo, permite melhor acesso aos órgãos, visualização maximizada e grande precisão nas suturas. Cirurgia do esôfago – doença do refluxo, esofagite, megaesôfago e câncer – determina uma cirurgia precisa, anatômica, de menor agressão. Quando se opera o intestino o robô permite liberação precisa das estruturas, preservando nervos e vasos que ajudam a conservar funções importantes para os pacientes. As cirurgias assistidas pelo robô ajudam o cirurgião a trazer maior benefício e segurança para seus pacientes, com uma recuperação muito mais rápida.