SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A capital da fechada Coreia do Norte está enfeitada com cartazes celebrando o regime do líder Kim Jong Un, às vésperas do primeiro congresso, desde 1980, do partido único do país.
Vasos de flores nas ruas e slogans patrióticos dividem as ruas de Pyongyang. “Vamos apoiar a liderança do grande camarada Kim Jong Un com patriotismo!”, incentiva uma das faixas.
Os norte-coreanos foram conclamados a demonstrar sua devoção ao partido durante uma “campanha de lealdade” que durou 70 dias e terminou nesta segunda (2). Nesse período, os norte-coreanos deveriam aumentar a produtividade no trabalho e se juntar a eventos com alto cunho ideológico.
Apesar de encerrada a campanha, ainda há grupos de pessoas se mobilizando em praças da capital.
A realização do raro congresso foi confirmada, na semana passada, em meio a temores da vizinha Coreia do Sul de que o país aproveite a ocasião para conduzir mais um teste militar.
A expectativa é que o encontro político tenha início na sexta-feira (6) e dure quatro ou cinco dias.
O que exatamente ocorrerá no congresso político de um dos países mais fechados do mundo ainda é um mistério.
Espera-se a tentativa de propagandear a Coreia do Norte como um país com relevante força nuclear e de demonstrar avanços econômicos apesar das duras sanções aplicadas pela comunidade internacional.
“O objetivo da Coreia do Norte é ser reconhecida internacionalmente como um Estado que detém armas nucleares”, afirmou o ministro da Defesa da Coreia do Sul, Han Min-koo, nesta terça-feira (3). “Acreditamos que sua capacidade nuclear está crescendo.”
Sem dúvida, Pyongyang quer aparecer para o mundo. Para o congresso do partido, foram convidados jornalistas da imprensa internacional, que, de forma geral, têm acesso extremamente restrito ao país.