SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O Corinthians se manifestou após o empresário Helmut Niki Apaza procurar o departamento jurídico do clube para denunciar dois golpes que teria sofrido em negociações com responsáveis pelas categorias de base. Em nota oficial, o presidente Roberto de Andrade afirmou que encaminhou todo o material a respeito do assunto para a Comissão de Ética do Conselho Deliberativo.
O caso tomou maiores proporções depois que Niki procurou o departamento jurídico corintiano no Parque São Jorge. Munido de documentos e reproduções de conversas de WhatsApp, o empresário disse ter sido vítima de dois golpes. O clube reconhece ambos episódios, que ocorreram entre o fim de 2015 e início de 2016, e ocasionaram a saída do gerente de divisão de base Fábio Barrozo, que era homem de confiança do ex-presidente Andrés Sanchez, além de outros funcionários do setor.
Na última segunda-feira (2), o diretor de futebol corintiano Eduardo Ferreira se pronunciou respeito do episódio. Ele afirma ter pagado US$ 50 mil por carta de representação para negociações do Corinthians nos Estados Unidos. O pagamento, de acordo com Niki, foi feito a Fábio Barrozo, gerente de futebol que deixou as divisões de base.
O nome de Eduardo Ferreira é ligado ao episódio porque ele assinou carta de representação para Niki Apaza em 4 de fevereiro. Esse documento, entretanto, seria uma versão nova de uma primeira carta assinada por Fábio Barrozo ao mesmo empresário americano. De acordo com Niki, ele pagou a Barrozo, e o dinheiro seria repartido com Manoel Ramos Evangelista, o Mané da Carne, conselheiro vitalício influente do Corinthians.