NICOLA PAMPLONA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Com cerca de 2.000 espetáculos previstos, a programação cultural para a Olimpíada de 2016 inclui um Carnaval fora de época, festival de música eletrônica na praia e até um piano na pedra do Arpoador, cartão postal da cidade.
A programação foi divulgada nesta quarta-feira (4) pelos ministérios da Cultura e do Esporte e custará R$ 85 milhões aos cofres federais.
“Temos que aproveitar a grande janela de visibilidade que o Brasil terá durante o período, a oportunidade de mostrar nossa riqueza cultural”, defendeu o ministro do Esporte, Ricardo Leyser.
O governo evitou adiantar nomes das atrações, alegando que os contratos ainda estão sendo assinados, mas diz que 10 mil artistas terão a oportunidade de se apresentar na cidade durante os Jogos. O palco principal ficará na Fundição Progresso, na Lapa, que terá também exposições de arte.
Ao lado, na praça dos Arcos da Lapa, será instalado outro palco e estão previstas também atividades de rua nos bairros. A mais inusitada é a instalação de um piano na pedra do Arpoador para apresentação de pianistas brasileiros ao pôr do sol.
A programação inclui ainda um Carnaval fora de época, com a apresentação de agremiações tradicionais pelas ruas, e a realização de festas de rua populares em outras regiões, como aparelhagens do Pará e radiolas do Maranhão.
As culturas negra e indígena também terão festivais específicos. O governo promete ainda atrações nos museus da cidade.
“O principal legado do evento é nossa presença no mundo, é a possibilidade de afirmação da imagem do Brasil”, afirmou o ministro da Cultura, Juca Ferreira.
APLICATIVO
O Ministério da Cultura está lançando um aplicativo, batizado de Culturi, que trará informações sobre toda a programação do período da Olimpíada, com possibilidade de avaliações dos usuários e inserções de eventos por empresas, produtores e artistas. A ideia é que o sistema continue sendo utilizado após os Jogos, com abrangência estendida para todo o país.
A Prefeitura do Rio também terá uma agenda de eventos, com foco na região portuária da cidade, que receberá dois palcos : um na praça XV e outro na praça Mauá.
Ferreira disse esperar que uma eventual mudança de governo não altere os planos para a Olimpíada. “A responsabilidade com os Jogos não é só do governo, mas do país”, defendeu.