MÁRCIO FALCÃO BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou nesta quinta-feira (5) que a “normalidade” das investigações do envolvimento do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) com a Lava Jato e da análise de sua cassação dependia de seu afastamento da presidência da Câmara.

Relator da Lava Jato, o ministro Teori Zavascki determinou na manhã desta quinta o afastamento de Cunha do mandato, portanto, ele não poderá exercer a atividade parlamentar. “Eduardo Cunha vinha demonstrando comportamento incompatível com o cargo, mesmo depois do pedido de afastamento feito pela Procuradoria-Geral da República [para afastá-lo]”, disse Janot.

“A regularidade de procedimentos criminais em curso no Supremo Tribunal Federal e a normalidade das apurações submetidas ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados dependiam dessa decisão”, afirmou o procurador, segundo declaração divulgada por sua assessoria.