RODRIGO RUSSO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Entre os cerca de 50 jovens que permaneciam no plenário da Assembleia Legislativa na quarta-feira (4), havia integrantes de entidades estudantis, alunos de escolas estaduais e até de universidades particulares.
A maioria é ligada a organizações como a Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), UEE (União dos Estudantes Estaduais) e UJS (União da Juventude Socialista), ligada ao PC do B.
O plenário foi invadido na tarde de terça-feira (3). Os estudantes afirmam que só vão sair quando for instaurada uma CPI para investigar as fraudes na merenda. O presidente da Assembleia, deputado Fernando Capez (PSDB) obteve na Justiça a reintegração de posse do local.
Antes disso, isolou o plenário em uma estratégia que chamou de “saturação”: manifestantes que saíram foram proibidos de retornar, e a imprensa não pôde ter acesso aos jovens para, segundo o deputado, “não dar palco”.
Capez anunciou que vetaria a entrada de mantimentos, mas liberou a entrada de pequenas caixas com comida levadas por dois deputados do PT.
Segundo o tucano, os parlamentares o avisaram que havia menores na invasão, o que ele desconhecia.
Capez afirmou que a reintegração será feita de forma “pacífica, ordeira, consensual, evitando o máximo de confronto”.
LADO DE FORA
Além dos jovens dentro do plenário, apoiadores se instalaram do lado de fora da Assembleia.
Juliana, 22, que não quis ter o sobrenome divulgado, era uma delas. Integrante da UJS e aluna de arquitetura na FMU, ela conta que os jovens planejaram entrar no plenário na segunda (2). A decisão foi divulgada em redes sociais.
Segundo ela, muitos no grupo participaram de ocupações das escolas estaduais no ano passado em protesto contra a reorganização da rede pelo governo Alckmin (PSDB).