GUILHERME SETO E MARCEL RIZZO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A câmara de arbitragem da Fundação Getúlio Vargas já decidiu a favor da WTorre em três tópicos sobre o processo de arbitragem entre a construtora e o Palmeiras referente ao contrato de utilização do Allianz Parque, apurou a reportagem: valor do ingressos, bilhetes eletrônicos e catracas.
Advogados e representantes do Palmeiras no processo de arbitragem almoçaram na sexta-feira (20) em um restaurante do Itaim Bibi, na zona sul de São Paulo, quando comentaram das derrotas parciais que o clube tem sofrido.
Inicialmente, o Palmeiras planejava cobrar R$ 80 o ingresso de quem adquirisse uma cadeira comercializada pela WTorre, valor R$ 20 superior aos R$ 60 referentes aos bilhetes mais baratos à época do início do processo de arbitragem. A câmara apresentou decisão de que todos os torcedores deveriam pagar o mesmo valor de ingresso.
O clube entendia que os torcedores que adquirissem ingressos para cadeiras comercializadas pela WTorre teriam que buscar os ingressos no Allianz Parque. A câmara entende que eles também têm o direito de retirá-los pela internet, como defende a WTorre.
Por fim, em uma questão de logística, a câmara decidiu que em dias de jogos as catracas instaladas no Allianz Parque pela WTorre também devem ser utilizadas. Atualmente, elas ficam inativas em dias de partidas, sendo utilizadas somente em outros eventos.
Diante desse cenário, chegaram a membros da construtora informações de que o presidente palmeirense, Paulo Nobre, poderia ter interesse em iniciar conversas de aproximação e entendimento entre as partes. O presidente, porém, informou a aliados, segundo apurou a reportagem, que não fará acordo com a WTorre em nenhuma circunstância.
No entendimento de oposicionistas, esse acordo teria que ser aprovado pelo Conselho e até por uma assembleia geral de associados.
Tanto clube como a empresa já acreditavam que o imbróglio teria se encerrado antes do início de 2016. Ao final deste ano, Nobre deixa o cargo de presidente do clube, e deseja manter força política para garantir a eleição de seu sucessor.
Procurada pela reportagem, a WTorre não quis se manifestar sobre o tema. O Palmeiras informou que não comenta sobre a arbitragem.