GUSTAVO URIBE BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, negou nesta quarta-feira (25) preocupação com a possibilidade de pressões políticas barrarem investigações no rastro da Operação Lava Jato. Segundo ele, o órgão federal é “legalista” e não há forma ou maneira de se fazer pressão sobre ele.

“A Polícia Federal tem uma estrutura e cultura de política legalista. Nós cumprimos a lei, usamos instrumentos que a lei determina, e não há forma ou maneira de se fazer pressão”, disse. Em gravação revelada pela Folha de S.Paulo, o ex-ministro Romero Jucá (Planejamento) sugeriu ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado que uma “mudança” no governo federal resultaria em um pacto para “estancar a sangria” representada pela Operação Lava Jato.

Daiello participou nesta quarta-feira (25) de entrevista à imprensa sobre a decisão do governo federal de criar um comitê executivo de coordenação e controle de fronteiras. A proposta é criar um esforço de fiscalização com a cooperação de países como Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai. O diretor-geral afirmou ainda que a proposta é aumentar o efetivo da Polícia Federal de forma gradual.