GUILHERME SETO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Nesta quarta-feira (25), durante a vitória do Palmeiras sobre o Fluminense por 2 a 0 no Allianz Parque, a transmissão da partida pelo canal Premiere FC mostrou o técnico interino Alberto Valentim utilizando um aparelho que se assemelhava a um ponto eletrônico. Cuquinha, irmão de Cuca e que também exerceu a função de interino, vestiu um gorro que não permitia que se visse se estava com um ponto eletrônico, o que levantou suspeitas.
Na súmula da partida, o quarto árbitro Emerson Ferreira escreveu que Eduardo Vicente da Silva, identificado como gerente de marketing do Palmeiras, foi retirado do campo por estar com um “rádio comunicador”. Silva teria argumentado que apenas estava monitorando torcedores que estavam na parte da frente das arquibancadas, “no vidro”, para que não atirassem objetos no campo.
A equipe de arbitragem, comandada por Sandro Meira Ricci, conclui o documento dizendo que “não pode observar se membros da comissão técnica utilizaram ou não comunicação externa.”
Em março, no Paulista, o Palmeiras passou por episódio semelhante durante partida contra o Rio Claro, quando o preparador físico foi expulso de campo pelo árbitro Marcelo Aparecido por estar utilizando ponto eletrônico.
A utilização de ponto eletrônico é proibida pela CBF. No entanto, diante do relato da comissão de arbitragem e do retrospecto sobre o tema, o clube não deve sofrer qualquer sanção significativa.
LEIA O TEXTO DA SÚMULA NA ÍNTEGRA
“Eu, Emerson de Almeida Ferreira, 4º árbitro da partida , informo que aos 5 minutos de partida o sr. Eduardo Vicente da Silva, identificado como gerente de marketing da equipe S.E. Palmeiras que se encontrava atrás do banco de reservas de sua equipe , foi retirado das dependências do campo de jogo por estar portando um rádio comunicador. Informo ainda que quando abordado, o mesmo se identificou e relatou estar monitorando torcedores que se encontravam no vidro , para que os mesmos não atirassem objetos para dentro do campo de jogo. A equipe de arbitragem não pode observar se membros da comissão técnica utilizaram ou não comunicação externa.”