A culpabilização da vítima é algo recorrente em casos de estupro contra mulheres. E no caso do estupro coletivo contra uma adolescente de 16 anos, que teria sido abusada por 33 homens, a história (infelizmente) não foi diferente. Nas redes sociais, especialmente o WhattsApp, foram muitas as imagens e comentários tentando explicar ou até mesmo justificar o injustificável e inadmissível. Teve até celebridade (Lobão) falando que não se surpreende com oa ocorrido “num país que se fabrica mini putas (sic)”.

Diante dos ataques (quase um linchamento virtual), a adolescente de 16 anos foi às redes sociais se defender. Na postagem, afirmou que costuma, sim, sair, beber e fumar, além de frequentar favelas. Mas ressaltou que nada disso justifica o abuso sofrido por ela.

Na postagem, a adolescente ainda agradeceu àqueles que mostraram solidariedade. Por outro lado, se mostrou ressentida especialmente com as mulheres que a criticaram.

“Obrigada pelo apoio de todos. Nada justifica o que aconteceu. Sempre sai, todos sabem. Bebia, fumava e, sim, andava em favelas. Mas não é por esse motivo que justifica isso. O que mais doi é saber que mulheres estão falando coisas contra. Cuidado que isso pode acontecer com qualquer uma!”, escreveu a adolescente em uma rede social.