O Real Madrid é o dono da Europa. Jogando no San Siro na tarde deste sábado, o clibe merengue superou o arquirrival Atlético de Madrid e garantiu sua 11ª taça da Liga dos Campeões, maior torneio de clubes do mundo.

Para chegar à taça (agora é undecacampeão), a equipe e os torcedores tiveram de encarar um verdadeiro drama, uma batalha. É que a conquista só veio nos pênaltis – 5 a 3 – com o penal decisivo convertido por Cristiano Ronaldo.

O Jogo

Na primeira etapa, foi o galático Real Madrid quem mandou na partida. Acostumado ás finais, a equipe foi para cima e envolveu o rival, que sequer conseguia tocar na bola.

Preciso nas bolas paradas, teve a primeira chance aos 5 minutos, com cobrança de Bale que encontrou a cabeça de Casemiro, mas parou em Oblak.

Dez minutos depois, porém, o goleiro colchonero nada pôde fazer: após cobrança de falta de Kroos para a área, Bale resvalou de cabeça e Sergio Ramos desviou para o fundo das redes, abrindo o placar. O zagueiro estava em posição irregular.

Depois do gol, o time merengue recuou. Ainda assim, o Atlético não encontrava espaços por conta da forte marcação e das boas atuações, sobretudo, de Casemiro e Kroos.

No final da 1ª etapa, porém, o Atlético equilibrou o duelo. E logo no começo da 2ª etapa veio a chance do empate após pênalti de Pepe em Torres. Na cobrança, Griezzmann bateu forte, mas a bola subiu demais e explodiu no travessão.

Diego Simeone, então, mexeu na equipe, sacando Augusto Fernández para a entrada de Yannick Carrasco. E o belga estava iluminado: aos 78 minutos, Bale teve ótima chance com o gol aberto, mas Oblak tirou a bola em cima da linha. No contra-ataque, Gabi tocou para Juanfran, que cruzou de primeira para encontrar Carrasco no 2º pau e marcar o gol de empate: 1 a 1.

Nos pênaltis, só Juanfran perdeu. Cristiano Ronaldo converteu a cobrança que garantiu o placar de 5 a 3 para o Real.

Com a vitória, o clube espanhol se firma cada vez mais como o maior campeão de todos os tempos da competição. O segundo time que mais ganhou o torneio é o Milan, da Itália, que tem quatro taças a menos.

Além deste ano, o Real venceu o campeonato entre 1956 e 1960, em 1966, 1998, 2000, 2002 e 2014. Nesta última edição, a vítima foi justamente o Atlético de Madri, que chegou a sair na frente do placar, em Lisboa, Portugal, mas tomou a virada e perdeu por 4 a 1 na prorrogação.

O título conquistado neste sábado, o único do Real nesta temporada –foi vice do Espanhol– consagra o técnico Zinédine Zidane, que assumiu o cargo em 4 de janeiro e mudou o time. No Espanhol, por exemplo, venceu 17 das 20 partidas disputadas. Ficou a apenas um ponto do Barcelona.

Eleito três vezes o melhor jogador do mundo –em 1998, 2000 e 2003–, Zidane deve, agora, se firmar no comando da equipe principal. Só falta a confirmação do presidente do clube, Florentino Pérez.

A conquista consagra ainda o atacante Cristiano Ronaldo, que não esteve bem neste sábado, mas foi o jogador que mais fez para que o Real estivesse nessa final. Ele terminou a competição como artilheiro, com 16 gols. Nas quartas de final, por exemplo, foi exatamente ele quem fez o time ressurgir depois de uma derrota por 2 a 0 para o Wolfsburg, na Alemanha. Na partida de volta, na Espanha, ele anotou os três gols da vitória por 3 a 0 e garantiu o seu time nas semifinais.

Cristiano Ronaldo conquista a Liga dos Campeões pela terceira vez na sua carreira. A primeira foi com o Manchester United, em 2007/08. A segunda, em 2013/14, com o Real.