GUSTAVO URIBE
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Indicado pelo PTB, o secretário de Justiça de São Paulo, Aloísio de Toledo César, anunciou neste domingo (29) que pediu para deixar o cargo.
Em mensagem nas redes sociais, ele informou que entregou carta de demissão ao governador Geraldo Alckmin e disse que tomou a decisão para se dedicar à elaboração de dois livros.
“Preciso de um tempo para algo muito importante para mim: a conclusão de dois livros que pretendo publicar ainda neste semestre”, afirmou.
Na mensagem, Toledo também disse estar torcendo para que Alckmin seja eleito presidente na disputa eleitoral de 2018.
“Como paulista e brasileiro, estarei torcendo para que o senhor complete a sua linda biografia, elegendo-se Presidente da República, sonho possível de ser realizado”, disse.
Para substitui-lo na pasta, o principal nome cotado pelo governador é o do ex-procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Elias Rosa.
Ele chegou a ser sondado pelo presidente interino Michel Temer para o comando do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle, antiga CGU (Controladoria-Geral da União).
No cargo desde janeiro do ano passado, Toledo envolveu-se em polêmica. Católico, criticou os cartunistas franceses do jornal “Charlie Hebdo” e avaliou que eles fizeram “mau uso da liberdade de expressão”.
Em edição histórica, em janeiro do ano passado, o periódico satírico publicou na capa uma caricatura do profeta Maomé chorando e segurando um cartaz em que se lê “Je suis Charlie” (Eu sou Charlie), o que foi considerado provocativo por líderes islâmicos.
A frase virou símbolo de defesa à liberdade de expressão na França depois do ataque terrorista na sede da publicação de humor, que deixou doze mortos, cinco deles cartunistas.