O Governo do Paraná está incentivando a criação e manutenção de novos leitos de retaguarda clínica em hospitais de Curitiba e Região Metropolitana (RMC). O leito de retaguarda é destinado a pacientes que saem da UTI e oferece cuidados intermediários. A necessidade de ampliar o número de leitos de retaguarda na RMC foi tema de um workshop promovido pela Secretaria Estadual da Saúde, em Campo Largo.

O objetivo da medida é complementar a rede de urgência e emergência, otimizando o uso da estrutura existente para o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Com mais leitos de retaguarda será possível desafogar os hospitais de referência e reduzir a lotação dos prontos socorros.

A ideia é permitir que pacientes que ocuparam leitos de UTI, mas que não precisam mais de assistência especializada ou cirurgias complementares, sejam transferidos e atendidos em serviços de menor complexidade, disse o coordenador da Rede Paraná Urgência, Vinícius Filipak.

Atualmente, cerca de 15% dos pacientes internados no Hospital do Trabalhador, em Curitiba, por exemplo, já poderiam ser atendidos em unidades de menor complexidade. São casos de pessoas que já superaram a fase aguda do problema de saúde e que necessitam apenas de cuidados clínicos.

Segundo o superintendente de Unidades Hospitalares Próprias, Charles London, a desocupação desses leitos abriria espaço para que o hospital absorvesse a demanda de casos mais graves. Com o suporte de leitos de retaguarda, a rotatividade será maior e mais pessoas poderão ser atendidas, ressalta.