SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A forte chuva que atinge a região metropolitana do Recife deixou quatro mortos na madrugada desta segunda-feira (30). Duas mulheres e uma criança da mesma família foram soterradas dentro de casa no bairro de Águas Compridas, em Olinda. As vítimas são Alexandra de Moraes, 36, Bárbara de Moraes, 23, e João Victor de Moraes, 7. As informações são da Agência Brasil.
Em outro desabamento, uma menina de 4 anos morreu depois que, segundo a Defesa Civil do Recife, um “puxadinho” de uma casa acima da residência da criança não suportou o volume d’água e desabou. O caso foi registrado no Córrego do Passarinho, na divisa entre Olinda e a capital pernambucana.
Outros transtornos menos graves também foram registrados, como alagamentos em vários pontos da região metropolitana. Os engarrafamentos numerosos do início da manhã deram lugar, horas mais tarde e depois de alertas feitos pelos meios de comunicação locais, a um vazio tanto de pedestres como de carros. Mas ainda há pontos congestionados.
Muitos órgãos públicos também encerraram suas atividades mais cedo nesta segunda, como a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que divulgou nota informando que a suspensão, antes anunciada para o período da manhã, vai se prolongar para todo o dia.
De acordo com a Agência Pernambucana de Águas (Apac), choveu em seis horas mais de 200 milímetros (mm) em Olinda. A Prefeitura do Recife confirma o mesmo volume na capital pernambucana. Esse total é mais da metade do esperado para todo o mês de maio, 358 milímetros.
ABRIGOS PARA DESALOJADOS
A Prefeitura de Olinda recomendou que os moradores de áreas de risco deixem o local e comuniquem problemas por meio do telefone 0800 2812112. Segundo nota divulgada pela Defesa Civil do município, a escola Maria da Glória, no bairro de Guadalupe, foi organizada para receber os desabrigados pelas chuvas.
De acordo com o órgão, todas as equipes da Defesa Civil municipal estão em operação nas áreas de risco da cidade. A concentração maior de ocorrências está nos bairros de Águas Compridas –onde as três pessoas morreram– e Caixa D’Água. Na parte da orla marítima que cedeu, na avenida Ministro Marcos Freire, as equipes de manutenção isolaram o local e aguardam a maré baixar para começar os reparos.