RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Manifestantes fizeram um protesto no início da tarde desta segunda-feira (30) para contestar as acusações de estupro da adolescente de 16 anos. Os manifestantes protestaram na Praça Seca, em frente à favela onde o crime aconteceu, a Barão, na zona oeste do Rio. Vídeos do protesto divulgados na internet mostram um grupo de cerca de 50 pessoas em motos e a pé erguendo cartazes com frases como “Não houve estupro”, “Não houve 33”, “Aqui não tem estuprador” e “Nenhuma comunidade aceita estuprador”.

Em entrevista nesta segunda, a delegada Cristiana Bento, que assumiu no último domingo (29) as investigações do caso, afirmou não ter dúvida de que o crime aconteceu. “A minha convicção a é de que houve estupro. Está lá no vídeo, que mostra um rapaz manipulando a menina. O estupro está provado. O que eu quero agora é verificar a extensão desse estupro, quantas pessoas praticaram esse crime”, disse a delegada. A investigação teve início após um vídeo da jovem, nua e desacordada, ser postado em redes sociais na terça-feira (24).

Na gravação, um grupo de homens, em meio a risadas, toca nas partes íntimas da garota e diz que ela foi violentada por “mais de 30”. Em 2009, a lei 12.015 foi alterada e passou a considerar, além da conjunção carnal, atos libidinosos como crime de estupro. Dois dos sete suspeitos foram presos nesta segunda-feira. Raí de Souza se entregou à polícia e o jogador de futebol Lucas Perdomo, 20, foi detido na porta de um restaurante no centro do Rio, em torno de 15h30. Outros quatro estão foragidos. Na tarde desta segunda, a adolescente identificou um sétimo suspeito. A Polícia Civil vai avaliar se pedirá a prisão dele. Segundo o Centro de Operações, o protesto na Praça Seca começou por volta das 13h30 e provocou interdições momentâneas na rua Cândido Benício. Uma hora depois, o protesto acabou e a via foi liberada.