Nos últimos 11 anos a qualidade das estradas paranaenses caiu consideravelmente, sejam elas federais, estaduais ou municipais. É o que revela o Anuário CNT do Transporte, divulgado ontem pela Confederação Nacional do Transporte. Embora a qualidade da malha viária paranaense não seja de um todo ruim, nota-se que ao longo dos últimos anos houve uma mediocrização das vias locais.

De acordo com o Anuário, 59,07% das vias paranaenses eram consideradas ótimas ou boas em 2005. Em 2015, esse índice caiu para 47,7%, sendo que o percentual de estradas consideradas ótimas caiu de 24,61% para 10,94%. No mesmo período, o percentual de vias regulares e ruins cresceu consideravelmente, saltando de 22,57% para 33,31% e de 10,66% para 16,98%. Por outro lado, as vias em péssimas condições tiveram queda importante, de 7,75% em 2005 para 2,01% em 2015.

Uma série de indicativos explicam o porque dessa mediocrização das estradas paranaenses, uma vez que o Paraná, sempre de acordo com o Anuário da CNT, piorou em todos os índices de avaliação das estradas — qualidade do pavimento, classificação da sinalização e da geometria.

Com relação à qualidade do pavimento, em 2005 70,26% eram considerados ótimos ou bons, 17,02% regulares e 12,72% ruins ou péssimos. Em 2015, apenas 59,44% foram considerados ótimos ou bons, 29,62% recebeu classificação de regular e outros 10,94%, ruim ou péssimo.

Quanto à sinalização, a piora foi significativa na faixa de estradas com ótima sinalização, que em 2015 representavam 42,27% do total e no ano passado caíram para 9%, enquanto as vias com boa sinalização e sinalização regular subiram de 28,15% para 45,65% e de 18,43% para 29,67%. Por fim, com relação à sinalização ruim e péssima, o índice passou de 11,15% para 15,68%.

Por fim, com relação à geometria das estradas paranaenses, importante para a definição de questões de operação, como frenagem, aceleração e condições de segurança, a variação foi significativa também na faixa das vias com ótima geometria, que caíram mais que pela metade: de 11,58% para 5,39%, ao passo que as estradas com geometria ruim ou péssima saltaram de 23,82% para 45,61%.