O zagueiro Paulo André, do Atlético Paranaense, defendeu a estratégia do técnico Paulo Autuori, que vem mudando a escalação com frequência para evitar o desgaste físico excessivo. Para o jogador, essa maneira de trabalhar não prejudica o entrosamento da equipe. Não, de forma nenhuma. A gente, em geral, quer imitar a Europa, diz que é legal fazer o que eles fazem. Mas, quando a gente propõe o rodízio, a troca de jogadores, quando diz que o elenco todo tem capacidade de jogar, que trocar A por B não muda tanto assim, aí quando perde é criticado, declarou o jogador, de 32 anos.

Para Paulo André, a imprensa precisa ter mais cautela ao analisar esse tipo de situação. A gente precisa ter um pouco mais de serenidade na análise para que a gente não retroceda, fique na dúvida e volte a fazer tudo o que a gente fazia. Não tem condição, é impossível jogar 38 jogos no Brasileiro com esta sequência estúpida de partidas. Vai machucar, vai perder jogador por dois ou três meses se chegar a lesão. Então, tem que tirar, tem que refrescar, colocar outro, comentou.

No Brasileirão 2015, só um jogador conseguiu atuar nas 38 rodadas do Brasileirão: o goleiro Victor, do Atlético-MG. Dos jogadores de linha, quem mais jogou foi o zagueiro Manoel, do Cruzeiro, com 3.240 minutos em campo (foi titular em 36 partidas e atuou nos 90 minutos de todas elas).

Para a próxima rodada, sábado contra o Santos, na Arena, o Atlético pode ter a volta do volante Otávio e do zagueiro Thiago Heleno, que não atuaram contra a Ponte Preta. Essa troca de jogadores garante um melhor desempenho físico e permite que o time jogue com as linhas de marcação mais altas, pressionado mais a saída de bola do adversário. Obrigatoriamente tem que ser intenso. Você não consegue trocar 11. Então, o Otávio vem fresco, o Ewandro, o Eduardo talvez, o Thiago (Heleno) se voltar… Ou seja, são quatro jogadores aí, quase 40% da equipe que entra em boas condições, o que acaba ajudando porque é pesado e, para botar intensidade, para marcar lá em cima, para não deixar o Santos respirar, a gente precisa estar 100%, comentou Paulo André.