A internet e as redes sociais estão cada vez mais presentes no nosso dia a dia. É por ali que estudamos, nos relacionamos e até trabalhamos. Mas ao passo em que essas ferramentas se tornam cada vez mais essenciais, também aumenta o número de pessoas que se aproveitam desse avanço para práticas criminosas. De acordo com o Núcleo de Combate aos Ciber Crimes (Nuciber), da Polícia Civil do Paraná, todos os dias são registradas 15 ocorrências, e isso sem contar os pedidos de apoio que chegam de outras delegacias.

De acordo com Demetrius Gonzaga, delegado titular do Nuciber, as ocorrências mais comuns envolvem falsa identidade, calúnia, injúria e difamação. Não é raro, contudo, aparecerem casos mais graves, como pedofilia, tráfico de drogas e questões raciais (injúria racial e racismo).

O criminoso se vale da internet, das redes sociais, como mecanismo para a prática delituosa. Hoje registramos algo em torno de 15 (ocorrências) por dia, fora os pedidos de apoio que vem de outras delegacias, afirma. Qualquer um pode ser vítima a qualquer momento e qualquer um também pode ser criminoso. Hoje em dia, basta ter uma ideia na cabeça que já pode fazer besteira, complementa.

Diante da demanda, o delegado da Polícia Civil aponta que já há uma defasagem na estrutura do próprio Nuciber para atender as vítimas de crimes cibernéticos. Atualmente, o núcleo conta com apenas a delegacia da Capital para atender as ocorrências de todo o estado, o que dificulta e muito a possibilidade de as vítimas conseguirem um atendimento especializado. 

Com a internet cada vez mais acessível e o baixo custo das novas tecnologias, essa coisa (crimes cibernéticos) vai aumentando a cada passo, vai estar sempre aumentando. Então há de se pensar numa divisão. Hoje é só a unidade que atende na Capital, mas atende ocorrências do estado inteiro e até de fora do estado. Há de se criar uma divisão, subdivisões, até para a vítima não ter de se deslocar, aponta.