SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O valor estimado que a Volkswagen deve pagar no acordo do processo judicial por ter fraudado testes de emissões de poluentes subiu para US$ 15 bilhões. A informação foi dada pela agência de notícias Bloomberg. Na semana passada, a quantia era estimada em US$ 10,2 bilhões.
Os proprietários de carros fraudados devem conseguir US$ 10,03 bilhões, diz a agência. O dinheiro será usado para cobrir o valor dos veículos mais indenizações de 482 mil consumidores americanos afetados. A quantia pode se elevar se a Volkswagen descumprir prazos estabelecidos para o reparo dos carros.
O acordo prevê que os afetados poderão escolher entre o reparo do veículo ou a venda do mesmo para a fábrica. Os reparos deverão resultar no aumento do consumo de combustível e na perda da aceleração do carro.
É o maior valor negociado em acordos judiciais envolvendo a indústria automobilística. A Volkswagen reservou US$ 18,3 bilhões para cobrir os custos relacionados ao escândalo.
O aumento vem da alteração das estimativas de custo de indenização dos usuários. O preço médio de um carro Volkswagen movido a diesel caiu 19% desde o escândalo, de US$ 13.196 para US$ 10.674.
Além do acordo, a empresa pagará um multa de US$2,7 bilhões a agências governamentais.
ENTENDA
Em setembro de 2015 a Volkswagen admitiu que fraudou testes de emissão de poluentes de veículos movidos a diesel. Durante testes regulatórios, um software controlava a emissão de poluentes. Porém, os veículos emitiam até 40 vezes mais gases após vendidos para os consumidores.
Estima-se que a fraude tenha afetado 11 milhões de carros em todo o mundo.