ARTUR RODRIGUES
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ouvidor da Polícia Militar de São Paulo, Julio Cesar Fernandes Neves, afirmou nesta terça-feira (28) que chama a atenção a quantidade de tiros dados no carro dirigido pelo universitário Julio Cesar Alves Espinoza, 24.
“O carro dele levou 16 tiros. É um caso que a gente fica chocado com tanto tiro. Trata-se de um universitário sem passagem pela polícia”, afirmou o ouvidor. “A gente pleiteia sempre que [o suspeito] seja pego com vida, não matando”.
A Ouvidoria deve acompanhar a investigação do caso, que é similar a outros ocorridos nos últimos dias em que a Polícia Militar e guardas-civis atiraram durante perseguições a suspeitos. Para Neves, é “estarrecedora” a quantidade de casos similares que têm acontecido.
O universitário Julio César Alves Espinoza morreu nesta terça-feira (28) após ser baleado na cabeça e ter o carro ser atingido por ao menos 16 tiros durante uma perseguição policial na madrugada desta segunda-feira (27) na Vila Independência, na zona leste de São Paulo.
O pai do universitário, Julio Ugarte Espinoza, 63, disse à Folha de S.Paulo que o filho teve morte cerebral após a bala ficar alojada na cabeça. O pai disse ainda que os órgãos do filho serão doados. Ele ainda não sabe onde será o velório e o enterro do universitário. Spinoza cursava Tecnologia Logística na Uninove da Vila Prudente e, segundo a Polícia Civil, não tem antecedentes criminais.