Turquia — Subiu para 28 o número de mortos em um duplo atentado suicida no Aeroporto de Ataturk, em Istambul, na Turquia. Os feridos chegam a 60. De acordo com o ministro da Justiça turca, Bekir Bozdag, dois suicidas se explodiram no aeroporto na noite de ontem, durante confronto com a polícia local. O Aeroporto de Ataturk é o terceiro mais movimentado da Europa e o maior da Turquia, alvo frequente de ataques, principalmente de separatistas curdos. De acordo com a CNN turca, as bombas teriam sido acionadas no terminal internacional, mas ainda não há uma confirmação oficial do local exato das explosões. As autoridades de telecomunicações do país proibiram a divulgação de imagens que mostrem a cena do ataque, um tipo de censura recorrente na Turquia em caso de ações terroristas. Nos últimos meses, o grupo Falcões pela Libertação do Curdistão (TAK) realizou diversos atentados em solo turco. Suas atividades são motivo de controvérsia, já que alguns acreditam que o TAK é apenas uma franja do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), a mais ativa organização militante curda, enquanto outros defendem que ele é totalmente independente. Com 26 milhões de pessoas, os curdos são a maior etnia sem Estado próprio em todo o mundo.

Ataque
Arábia Saudita — Um ataque aéreo conduzido nesta terça-feira pela coalizão liderada pela Arábia Saudita contra rebeldes xiitas na província de Taiz, no sul do Iêmen, deixou 25 mortos, afirmaram hoje autoridades iemenitas. O ataque atingiu um mercado popular e vitimou 15 civis e dez militares, deixando ainda oito civis feridos. A maioria trabalhava ou fazia compras. O conflito no Iêmen opõe os rebeldes conhecidos como Houthis e seus aliados contra o governo internacionalmente reconhecido e apoiado pela Arábia Saudita e a maioria dos estados árabes. O conflito já vitimou cerca de 9 mil pessoas.

Xenofobia
Reino Unido — O número de incidentes sobre assédio a imigrantes no Reino Unido cresceu após a votação que determinou a saída do Reino Unido da União Europeia, na semana passada. Ontem, um grupo de homens brancos com camisas pedindo pela repatriação de imigrantes começou a gritar contra uma família turca a poucas quadras do Parlamento. Adalet Abdullatif, 28, de 28, mora em Istambul e afirmou que a família veio visitar parentes e mostrar alguns lugares turísticos para nossas crianças. De repente, estes homens aparecem do nada e começam a gritar conosco, nos mandando para casa.

Bate-boca
Bélgica — Ontem, durante reunião do Parlamento Europeu, em Bruxelas, Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, mostrou-se irritado com a presença de parlamentares britânicos no local. Após dizer que a vontade do povo britânico deveria ser respeitada e pedir a rápida saída do Reino Unido da UE, políticos britânicos aplaudiram Juncker. Visivelmente contrariado, Juncker afirmou ser a última vez que aplaudiriam. Ele pediu ao governo do Reino Unido para esclarecer a situação o mais rápido possível de modo a evitar incertezas. Sem notificação, não haverá negociações, afirmou.

Culpa
Estados Unidos — Um relatório produzido na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos sobre os ataques terroristas de 2012 em Benghazi, na Líbia, culpa diversas agências do governo de Barack Obama pela falta de segurança e de uma estratégia coerente para lidar com o país. O documento foi produzido por um comitê formado há dois anos e liderado por representantes do Partido Republicano para investigar os ataques em dois prédios da diplomacia e da inteligência norte-americana em 2012. Os republicanos usam o incidente para criticar Obama e a candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton.