O Ministério Público do Paraná deflagrou nesta quarta-feira, 29 de junho, a Operação Riquixá II, que apura a existência de organização criminosa no segmento de concessão de transporte coletivo urbano. A investigação, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pelo Grupo Especializado na Proteção do Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria) de Guarapuava, no Centro-Sul Paranaense, também investiga fraudes a licitações, corrupção ativa e crimes contra a ordem econômica.

As empresas envolvidas nesta ação também tem ligações com o transporte público de Curitiba.

Estão sendo cumpridos nesta quarta-feira seis mandados de prisão, 29 conduções coercitivas (quando a pessoa é conduzida para ser ouvida na mesma data) e 53 ordens de busca e apreensão em empresas e residências, expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Criminal de Guarapuava.

O cumprimento das medidas acontece em Guarapuava, Foz do Iguaçu, Maringá, Ponta Grossa e Curitiba, no Paraná, bem como em cidades de Santa Catarina e São Paulo e também no Distrito Federal, com apoio do Gaeco desses locais.

As investigações, iniciadas em 2013, indicam que integrantes de empresa de engenharia especializada em transporte coletivo, advogados e representantes de empresas de ônibus formam o grupo criminoso, que utiliza laranjas e formações societárias complexas para ocultar a existência do grupo econômico.

De acordo com o Gaeco, indícios apontam que a organização criminosa age pelo menos desde 2009, cooptando agentes públicos para a prática dos crimes. Com a participação dessas pessoas, o grupo obtém meios de remunerar ilicitamente, com dinheiro público, a organização das fraudes concorrenciais, contratando componentes do grupo criminoso para prestar assessorias simuladas ou substituir comissões de licitação.

Informações da Rede News 24 horas