GUILHERME GENESTRETI SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A diretora Anna Muylaert (“Que Horas Ela Volta?”), o diretor Alê Abreu (da animação “O Menino e o Mundo”) e o produtor Rodrigo Teixeira (“Alemão”) estão entre os brasileiros que foram convocados para fazer parte dos novos quadros da Academia de Ciências Cinematográficas, que anualmente confere o Oscar ao melhor do cinema. Os 283 nomes, de 59 países, foram anunciados na manhã desta quarta (29).

Entre eles também estão atores como Andrew Garfield (“O Espetacular Homem-Aranha”), Emma Watson (“Harry Potter”) e John Boyega (do novo “Star Wars”), diretores como Lenny Abrahmson (“O Quarto de Jack”), Xavier Dolan (“Mommy”) e Abbas Kiarostami (“Gosto de Cereja”), além de técnicos das várias áreas da produção cinematográfica. Outros brasileiros, além dos já citados, incluem o diretor de fotografia Lula Carvalho (“Tropa de Elite”) e o montador Pedro Kos (“Lixo Extraordinário”).

Também são automaticamente credenciados a fazer parte da Academia os vencedores do Oscar do ano que passou. Eles se somam aos demais membros -cerca de 7.000-, que são os responsáveis por escolher os melhores filmes do ano, além das outras categorias contempladas no Oscar, premiação mais importante do cinema hollywoodiano.

Nos últimos anos, a Academia, que é presidida por uma mulher negra, Cheryl Boone Isaacs, tem enfrentado críticas crescentes pela falta de representatividade étnica entre os indicados ao Oscar: em 2016, por exemplo, não houve nenhum negro entre os atores e diretores indicados ao prêmio. Ao anunciar os novos integrantes, a Academia fez questão de frisar a questão da representatividade desses novos membros: 41% deles são “de cor”, termo empregado para definir todos aqueles que não são brancos caucasianos.

Os diretores Walter Salles, Walter Carvalho e Fernando Meirelles, além da atriz Fernanda Montenegro, são brasileiros que já fazem parte da Academia.