ESTELITA HASS CARAZZAI
CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) – Em uma das maiores apreensões do gênero no país, o Ministério Público do Paraná descobriu uma rinha de galos e apreendeu 552 aves de briga no norte do Paraná, no último fim de semana.
As aves eram especialmente treinadas e recebiam anabolizantes e vitaminas para participarem das lutas. Algumas chegavam a valer R$ 8.000, segundo descobriu a investigação.
A maioria dos animais estava num sítio em Arapongas, que funcionava com um “criatório”.
As arenas eram almofadadas, com tapete e relógio para cronometrar as lutas. As apostas chegavam a R$ 4.000 por luta, segundo o registro de um quadro negro no local.
Também foram apreendidos utensílios de briga, como “bicos” de plástico usados pelos galos para machucar o adversário.
“Como é que hoje em dia, em pleno século 21, alguém se diverte com um animal sofrendo desse jeito?”, comenta o promotor de Justiça Renato dos Santos Sant’Anna, que coordenou as investigações.
“Esporte em que um dos envolvidos não optou por competir é covardia.”
As aves apreendidas ficarão sob poder do Estado, que irá tratá-las ou, dependendo da situação do animal, sacrificá-las.
No total, 42 pessoas foram presas em flagrante por maus-tratos a animais -um crime previsto na Constituição e na Lei de Crimes Ambientais. Todas foram liberadas mediante fiança.